Enriquecer a mística do Escutismo Católico

Madre Teresa de Calcutá, João Paulo II e os Pastorinhos de Fátima serão modelos a introduzir nos programas dos escuteiros Actualmente, o Escutismo “não pode deixar na margem pessoas como Madre Teresa de Calcutá, João Paulo II e os Pastorinhos de Fátima” – confessou à Agência ECCLESIA Carlos Alberto Pereira, novo Chefe Nacional do Corpo Nacional de Escutas (CNE) – Escutismo Católico Português – que toma posse este Sábado, em Lisboa. “Temos de introduzir estes modelos na nossa pedagogia, assim enriquecemos a mística do escutismo católico” – frisou. Madre Teresa de Calcutá, João Paulo II e os Pastorinhos de Fátima “serão modelos a introduzir nos programas dos escuteiros” que têm várias secções e propostas educativas. A mensagem dos Pastorinhos de Fátima poderá “ajudar muito os lobitos”. Esta secção assenta nos valores que S. Francisco de Assis transmitiu, mas as “crianças têm muito a aprender com os pastorinhos” – disse. Para os caminheiros – área do serviço – Madre Teresa de Calcutá “é um modelo actual”. A fundadora das Missionárias da Caridade “sabia dar e dar-se aos outros”. No que respeita a João Paulo II, o Chefe Nacional do Corpo Nacional de Escutas sublinha que este colocou em “destaque a alegria e capacidade de vencer”. “Mostrou tolerância e a Educação dos afectos”. Através deles, os jovens vivem “estes valores ancorados em modelos recentes”. Ao longo deste triénio, o novo chefe do CNE pretende continuar o caminho que o fundador do escutismo Católico, Baden Powell, deixou. Este projecto será marcado pelo “desenvolvimento dos jovens ao nível pessoal e espiritual”. A caminhada com as pessoas “de forma vivencial e comunitária” é outro dos objectivos de Carlos Alberto Pereira. “Queremos que os jovens sejam cada vez mais jovens, mas que vivam os valores que o Escutismo Católico lhes proporciona”. Estes devem ser “instrumento de evangelização”- realçou. Com 55 anos e natural de Braga, o novo Chefe Nacional dos Escuteiros afirma que “escutismo de hoje não é o mesmo de há cem anos atrás”. A equipa do CNE irá produzir novos “instrumentos de animação”. E avança: “o escutismo vive no pequeno grupo, na patrulha, por isso os líderes dos grupos têm de ter instrumentos que os ajudem a animar os elementos”. Este professor do Ensino Secundário e pai de família tem dois filhos – um deles é escuteiro – e está no escutismo desde a década de 60. Neste percurso ligado ao CNE, Carlos Alberto Pereira descobriu e divulgou os valores do escutismo. Num ambiente de amizade “podemos ajudar os jovens a tomarem decisões”. “Isto é a democracia participada” – afirmou. Com mais de cem anos, o escutismo tem tido sucesso ao longo dos tempos. “Um dos grandes segredos que Baden Powell nos deixou foi a simplicidade”. A felicidade dos jovens “está nos pequenos feitos do dia à dia, assim se constrói caminho” – declarou. Por outro lado – acrescenta o chefe do CNE – “não somos muito teóricos e complexos ao nível da linguagem”. O jovem “quer esta pedagogia do exemplo” e “não adere a coisas muito complicadas e rígidas”. Tomada de posse A cerimónia pública está marcada para as 15 horas e vai decorrer no anfiteatro do Colégio Salesiano – Oficinas de S. José, aos Prazeres, em Lisboa, numa sessão que contará, ainda, com as presenças dos representantes da Conferência Episcopal Portuguesa e do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, respectivamente D. Serafim Ferreira e Silva, bispo emérito de Leiria-Fátima, e Duarte Cordeiro, vice-presidente do Instituto Português da Juventude, além de dirigentes nacionais, regionais e locais e escuteiros do CNE e de outros convidados. A nova Junta Central do CNE é chefiada por Carlos Alberto Pereira, até aqui presidente da Mesa dos Conselhos Nacionais, e o Conselho Fiscal e Jurisdicional é presidido por Fernando Calado Lopes, anterior chefe nacional-adjunto. Pelas 17 horas, na igreja do Santo Condestável (em memória de Nuno Álvares Pereira), também aos Prazeres, terá lugar uma celebração eucarística, presidida pelo bispo emérito de Leiria-Fátima, seguida de um Porto de Honra no salão paroquial. Nuno Álvares Pereira – o Santo Condestável, ou Beato Nuno de Santa Maria – é o patrono do CNE. O acto eleitoral teve lugar no passado dia 18 de Novembro e contou com duas listas candidatas a cada órgão nacional. Nenhum dos órgãos nacionais empossados inclui membros dos respectivos anteriores, procurando-se assim uma renovação de equipas. O CNE é a maior associação juvenil portuguesa, implantada em todo o território, através de cerca de 1100 agrupamentos locais, apoiados por 53 estruturas intermédias e uma nacional.

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