EMRC: Semana nacional dedicada ao Papa foi ponto de partida para reforçar valores cristãos

Para o professor Luís Natário, a disciplina deve mostrar como Jesus «transforma» a vida das pessoas e Francisco tem sido reflexo disso mesmo

Lisboa, 04 abr 2014 (Ecclesia) – No âmbito da semana nacional de Educação Moral e Religiosa Católica, que termina esta sexta-feira, a Agência ECCLESIA ouviu o testemunho de alguns professores sobre a importância desta atividade nas escolas.

João Barros, que há mais de uma década ensina EMRC em Lisboa, destaca o contributo deste género de iniciativas para levar os alunos a fazerem algo “de diferente, de especial”, que os leve “a pensar, a refletir” sobre as mais variadas temáticas.

Este ano a semana foi centrada na figura do Papa Francisco – num depoimento que poderá ser escutado hoje às 22h45, na Antena 1, o professor desvenda a forma como o tema foi desenvolvido e aborda também o impacto que Jorge Mario Bergoglio tem tido junto dos mais novos.

Um dos projetos preparados para este tempo, a partir do Papa argentino, foi recordar a história de São Francisco de Assis e explorar valores cristãos como “a humildade e a bondade”.

Para Luís Natário, que também dá aulas na capital portuguesa, a disciplina de EMRC deve ser acima de tudo um reflexo da “alegria, da esperança e da proximidade” de Cristo, no meio da comunidade escolar, e o Papa Francisco tem ajudado os docentes a serem isso mesmo, através do seu exemplo.   

“Há que respeitar muito aqueles que pensam diferente de nós, mas não há que esconder que Jesus transforma as nossas vidas e nos dá um novo olhar”, sublinha o docente.

É esta atitude que permite também continuar a levar o trabalho por diante, mesmo nos “dias em que tudo é colocado em causa” ou “se apanha uma turma num dia que não quer saber de nada”.

“Isso dói, mas faz parte, e quem não estiver disposto a passar por isso também não consegue depois” aproveitar os momentos mais “felizes”, que também “são muitos”, realça Luís Natário

Da Serra da Estrela chega o testemunho de Estela Brito, professora em Seia, na Diocese da Guarda, há cerca de 18 anos.

Esta socióloga de formação tenta canalizar os conceitos e valores que são explorados pela disciplina para a própria “vivência” dos alunos, para o seu “crescimento” humano e social, tendo sempre por base uma relação de confiança e cumplicidade.

Para explicar aos alunos do 1.º e 2.º ano o valor da amizade, por exemplo, a docente desafiou as crianças a cozinharem o “bolo da amizade”.

Cada aluno trouxe um ingrediente, “os ovos, a farinha, o açúcar” e depois de confecionarem o bolo, a turma convidou os colegas do 3.º e 4.º ano a juntarem-se a eles para em conjunto saborearem, vivenciarem “o valor da amizade”.

O importante é “marcar a diferença”, para que eles “não estejam nas aulas só por estar”, conclui a docente.

SN/JCP

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