Iniciativa na disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica, em escola de Águeda, alarga-se a toda a comunidade e convida para dois espetáculos de angariação de fundos
Águeda, 27 abr 2023 (Ecclesia) – José Cruz, professor de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) e coordenador do projeto “Anormundo”, disse à Agência ECCLESIA que a iniciativa tem “marcado os alunos” ao nível social, envolvido “toda a comunidade” e na vertente solidária ajuda o futuro.
“O projeto surgiu no contexto de uma ideia que trabalho com os meus alunos que é sermos ‘anormais’ neste mundo, pela positiva, usávamos a anormalidade para nos divertimos e fomos desafiados a fazer mais, nasceu o “Anormundo””, explica o responsável.
Anormundo nasceu há 12 anos na disciplina de EMRC na Escola Marques Castilho, em Águeda, na diocese de Aveiro, tendo-se alargado como “causa de todo o agrupamento” de Águeda Sul e respetiva comunidade.
“O projeto, com este lado social, envolve os alunos do agrupamento inteiro, os encarregados de educação, funcionários e há alunos que não são de EMRC e que participam nesta dinâmica”, conta José Cruz.
O professor indica que o grande objetivo é esta “marca social” que quer deixar aos alunos, dando-lhes “oportunidade para fazerem algo mais na vida deles”.
Além de divulgação do projeto e angariação de fundos, na venda de rifas, os alunos envolvem-se num espetáculo solidário, “no dia aberto” da Escola, que se destina a ajudar na educação de crianças, este ano em Moçambique.
“Este ano trabalho com alunos do 7º ao 12º ano, com o tema a “Arte”, com mais de 100 alunos em palco, acontece no dia aberto da escola, e com esta coisa de anormalidade, temos o espetáculo à noite, o “Anormal Open Night”, este ano acontece nos dias 27 e 28 de abril”, refere.
Segundo o professor José Cruz, “a dinâmica do espetáculo é simples mas caótico”, conta sempre com a colaboração de funcionários, professores de EMRC e outras disciplinas, e até de “funcionários reformados que vêm ajudar e se comprometem”.
A angariação de fundos serve para ajudar na educação de crianças, como no ano passado, “65 crianças foram apadrinhadas em Moçambique e 58 crianças apoiadas no Chade”.
“Não trabalhamos para obter resultados, ajudamos as congregações que estão no terreno e pretendemos ajudar o futuro daquelas crianças”, indica.
Nos dias 27 e 28 de abril acontecem três espetáculos solidários, sob o tema “Inspir’Arte“, no auditório da Escola Secundária Marques Castilho, em Águeda, na diocese de Aveiro, como forma de angariar fundos para ajudar crianças em risco em Moçambique, Chade e Guiné Bissau.
SN