Empresários cristãos e «patrões» contra a crise

Protocolo sobre pagamento pontual a fornecedores quer ser meio para dar maior estabilidade ao sector e travar o desemprego

Lisboa, 26 Jan (Ecclesia) – A Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) assinou hoje um protocolo com a Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), comprometendo os seus membros a serem mais pontuais no pagamento a fornecedores.

“É um compromisso da sociedade civil, de empresas para empresas, e ficamos muito felizes pela adesão da CIP, que tem sob associação neste momento quase 200 mil empresas” realça António Pinto Leite, presidente da ACEGE, em declarações à agência ECCLESIA.

A medida pretende contribuir para uma maior estabilidade económica nas empresas e, consequentemente, travar a marcha do desemprego no país.

Os líderes das duas associações estiveram reunidos na Igreja de S. Nicolau, em Lisboa, para um almoço/debate promovido pela ACEGE, onde reflectiram sobre “o papel das empresas no combate à pobreza e ao desemprego”.

“Pagar a horas é o mínimo ético de um empresário e, em particular, de um empresário cristão” sublinhou o líder da ACEGE.

O dano social mais visível é “o desemprego estrutural que afecta o país, e que as empresas têm a responsabilidade de combater” acrescentou António Saraiva, presidente da CIP.

Para aquele responsável, o combate deve ser feito em duas frentes: criando riqueza e desenvolvendo o mercado de trabalho.

Numa altura em que estão a ser discutidas alterações ao Código de Trabalho, António Saraiva declarou que “a alteração das leis laborais não são uma prioridade e apenas dão mais protagonismo às associações sindicais”.

O presidente da CIP considera mais urgente que a própria sociedade, empresas e cidadãos, dêem “sinais positivos de cidadania” e mostrem que querem lutar para levantar a economia e o país.

“Lamentavelmente, há quem esteja habituado a estar no desemprego” avisa, desafiando as populações a serem mais proactivas e menos dependentes dos subsídios estatais.

CIP e ACEGE estão também envolvidas num outro projecto, que diz respeito à Reabilitação Urbana na cidade de Lisboa.

Um processo que já foi apresentado ao Governo e que hoje foi discutido, em sede de concertação social.

Segundo as duas associações empresariais, a renovação de milhares de imóveis degradados, para além de estimular o emprego, poderá revitalizar sectores como a construção civil, hoje em queda, e o turismo.

JCP

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