Emigrantes são «melhores embaixadores no estrangeiro»

D. António Vitalino lembra emigrantes no Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas

D. António Vitalino pede aos emigrantes que "não esmoreçam na construção duma sociedade mais fraterna e mais universalista", eles que são "os grandes embaixadores de Portugal", que nada "custam ao erário público".

Numa mensagem para o dia de Portugal, que se assinala esta Quarta-feira, 10 de Junho, o Presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana enaltece a presença de cinco milhões de portugueses espalhados pelo mundo que "contribuem para construir e afirmar Portugal no mundo" através de "comunidades significativas e orgulhosas do nome, da língua e da cultura portuguesa".

Para D. António Vitalino, estes são os grandes embaixadores de Portugal que, não só contribuem financeiramente para Portugal com as suas remessas, mas "ajudam a tornar o mundo uma pátria comum, onde nunca nos sentimos estrangeiros".

O Presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana afirma que os portugueses "criaram os mestiços", e que a mestiçagem contribuiu para ultrapassar "divergências e lutas racistas, dando origem à afirmação da unidade do género humano, onde não há raças superiores e inferiores, senhores e escravos, mas semelhantes, próximos, irmãos".

O também bispo de Beja lamenta que a mentalidade fraterna tenha dificuldade em se espalhar "em todas as dimensões do ser e da acção de todas as pessoas e sociedades", estendendo este lamento às "relações económicas e financeiras".

"Ainda há uns que são mais iguais que outros", sublinha.

D. António Vitalino lembra que a Igreja, como já é tradição, vai celebrar toda uma semana dedicada aos migrantes, de 9 a 16 de Agosto e uma peregrinação internacional a Fátima, a 12 e 13 do mesmo mês do corrente ano, com o tema «Viver o amor fraterno sem distinções nem discriminações». O bispo afirma ter esperança que "estas repetições, estes slogans, escritos, proclamados e explicados" acabem por penetrar nas mentalidades e influenciar todas as dimensões do agir.

"Sabemos que ainda há um longo caminho a percorrer, mas não podemos calar, esconder esta verdade, sobretudo em tempos de crise, humanitária mais que financeira".

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