Embaixador de Israel no Vaticano reconhece existência de problemas com os vistos dos religiosos

O Embaixador de Israel na Santa Sé, Oded Ben Hur, admitiu que o seu Estado precisa de encontrar, rapidamente, “uma solução para o problema dos vistos dos religiosos estrangeiros”. Em comunicado emitido pela embaixada israelita no Vaticano indica-se que “imediatamente depois da Páscoa judaica, que acaba hoje, os procedimentos serão acelerados para descongelar os trâmites”. O comunicado também indica que o Primeiro ministro Ariel Sharon convocou uma Comissão Inter-ministerial para rever “critérios, regras e datas necessárias, bem como todo o processo burocrático ” que levou ao atraso na aprovação de vistos de religiosos católicos em Israel, e que tecnicamente os deixaram ilegais no país. A Comissão foi composta por representantes dos ministérios de Assuntos Internacionais, Justiça e Turismo; e reuniu-se pela última vez no dia 5 de Abril, data em que apresentou um relatório final. As propostas da Comissão incluem a simplificação dos trâmites de renovação de vistos e concessão de um status mais estável aos religiosos que tenham vivido “tempo suficiente” no Estado de Israel. Segundo o Embaixador Ben Hur, a mudança de procedimentos será evidente “entre 7 a 10 dias”. Finalmente, o comunicado da Embaixada israelita destacou “a grande importância” que para o governo de Israel tem “o fortalecimento das boas relações entre Israel e o mundo cristão, particularmente com os católicos e a Santa Sé”. A Igreja na Terra Santa corria o risco de não ter pessoal suficiente para manter em funcionamento santuários, paróquias, hospitais, escolas. O porta-voz da Ordem Franciscana na Terra Santa, o Pe David Jaeger, anunciara que o Ministério do Interior de Israel negou a renovação de visto de residência de 130 sacerdotes católicos e de várias religiosas. Esta situação levou o Cardeal Roberto Tucci, membro do Conselho de Administração da Rádio Vaticano, a afirmar que “o Parlamento europeu e as instituições europeias devem intervir na crise dos vistos entre Israel e a Santa Sé”. A negação de vistos viola o “Acordo Fundamental entre a Santa Sé e o Estado de Israel”, assinado há dez anos. O Acordo reconhece à Igreja o direito de deslocar o seu próprio pessoal e instituições. Segundo porta-voz da Custódia Franciscana, esta foi a primeira vez que os membros do clero se vêem privados de renovar sua residência no país desde a fundação do Estado de Israel, em 1948.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top