Eleições: Marco Histórico para Angola

A 5 de Setembro de 2008, os angolanos vão às urnas para eleger os seus representantes na Assembleia Nacional, pela primeira vez, em 16 anos. É só a segunda vez que têm lugar eleições, na história turbulenta deste país rico em recursos. As primeiras eleições, realizadas em 1992, terminaram com o recrudescimento da violência que só veio a acabar com o fim da guerra em 2002. As eleições de 2008 são de uma enorme importância política e económica para Angola e não só. A rápida emergência económica de Angola, vinda de quase três décadas de guerra, reforçou o seu estatuto de poder regional emergente. O seu rápido e crescente aumento do aprovisionamento dos esfomeados mercados de petróleo fez do país um actor estratégico no palco global. Com os casos recentes de tumultos relacionados com eleições, no Quénia e Zimbabwe, este ano, todos os olhos estão agora virados para Angola. Os políticos angolanos prometeram que as suas eleições irão ser exemplares para o continente africano. Com os preços do petróleo em alta crescente, reforçando a economia de Angola, as apostas são, entretanto, extremamente altas. Esta é uma jovem democracia enfrentando os desafios de consolidar o processo democrático que se tornam mais complicados com a influência do rápido crescimento relacionado com o petróleo e a ‘maldição dos recursos’. Cai sobre o novo parlamento uma enorme responsabilidade de garantir que as pobres condições sociais e as altas taxas de pobreza venham a ser tratadas e resolvidas com mais eficácia. A CIDSE (www.cidse.org) é uma aliança de 16 organizações de desenvolvimento católicas, da Europa e América do Norte e com o seu secretariado em Bruxelas. Os membros da CIDSE com programas de desenvolvimento em Angola trabalham em estreita colaboração com a Conferência Episcopal de Angola e São Tomé e Príncipe (CEAST). Assim como a CIDSE, também a Fundação Evangelização e Culturas, membro da CIDSE e plataforma das Igrejas Lusófonas em todo o mundo, apoia, inteiramente, a posição da CEAST no que se refere à importância da realização de eleições livres, justas e pacíficas, em Setembro de 2008.

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