Cidade do Vaticano, 09 set 2016 (Ecclesia) – O Vaticano divulgou hoje o programa da visita apostólica do Papa Francisco à Suécia, por ocasião do 500.º aniversário da reforma protestante.
O Papa argentino estará na cidade de Lund, no dia 31 de outubro, para participar numa cerimónia conjunta entre a Igreja Católica e a Federação Luterana Mundial.
De acordo com a sala de imprensa da Santa Sé, Francisco partirá de avião nesse mesmo dia de manhã, pelas 08h20 (menos uma em Lisboa), rumo à cidade de Malmo.
A chegada ao aeroporto internacional de Malmo está prevista para as 11h00, e depois do acolhimento o Papa seguirá para Lund, onde decorrerão as principais comemorações.
Nessa localidade, a 23 quilómetros de Malmo, Francisco começará por visitar a família real sueca, rumando depois à Catedral Luterana de Lund para uma oração ecuménica comum.
O Papa argentino voltará depois a Malmo, para outro evento ecuménico na ‘Malmo Arena’, um pavilhão multiusos localizado no centro da cidade.
No dia 01 de novembro, Francisco celebrará missa pelas 09h30, em Malmo, e depois das despedidas oficiais regressará ao Vaticano, sendo que a chegada está prevista para as 15h30.
De acordo com um comunicado da Federação luterana mundial (Lwf), em conjunto com o Conselho Pontifício para a promoção da unidade dos cristãos, da Santa Sé, esta comemoração ecuménica vai ser presidida pelo Papa Francisco juntamente com o bispo Munib A. Younan e o reverendo Martin Junge, respectivamente presidente e secretário-geral da Lwf.
O evento está a ser organizado em colaboração com a Igreja de Suécia e com a diocese católica de Estocolmo.
A comemoração conjunta dará especial ênfase aos "sólidos progressos ecuménicos entre católicos e luteranos e aos dons recíprocos que derivam do diálogo".
O evento prevê uma celebração comum baseada no guia litúrgico católico-luterano Common Prayer (“Oração comum”), publicado recentemente.
Em novembro de 2015, o Papa visitou a Comunidade Luterana de Roma, na qual recordou os “tempos difíceis” das relações entre as duas Igrejas, com “perseguições”, pessoas “queimadas vivas”, situações pelas quais é preciso “pedir perdão”.
As principais divisões entre as Igrejas cristãs ocorreram no século V, depois dos Concílios de Éfeso e de Calcedónia (Igreja copta, do Egito, entre outras); no século XI com a cisão entre o Ocidente e o Oriente (Igrejas Ortodoxas); no século XVI, com a Reforma Protestante e, posteriormente, a separação da Igreja de Inglaterra (Anglicana).
JCP