Ecumenismo: Meta da unidade dos cristãos «não está longe, não é inalcançável» – Francisco

Papa recebeu delegação finlandesa, sublinhando importância de uma Igreja «peregrina»

Foto: Vatican Media

Cidade do Vaticano, 19 jan 2024 (Ecclesia) – O Papa destacou hoje no Vaticano os avanços realizados no campo do ecumenismo, ao receber uma delegação finlandesa, para o encontro anual por ocasião da festa de Santo Henrique, padroeiro do país.

“Como membros da comunidade dos batizados, estamos a caminho e o nosso objetivo comum é Jesus Cristo. E esta meta não está longe, não é inalcançável, porque o Senhor veio ao nosso encontro na sua misericórdia, aproximou-se na Encarnação e fez-se caminho, para que possamos caminhar com segurança, no meio das encruzilhadas e das falsas direções do mundo, muitas vezes mentiroso”, disse Francisco.

O encontro decorreu no segundo dia da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (18-25 de janeiro), indicando o “valor do caminho e da Igreja peregrina”.

Façamos com que este encontro ecuménico não se reduza a um cumprimento e não se torne autorreferencial: que tenha sempre a força vital do Espírito Santo e esteja aberto para acolher os irmãos e as irmãs mais pobres e esquecidos, e também aqueles que se sentem abandonados por Deus, que perderam o caminho da fé e da esperança”.

O encontro anual acontece por ocasião da festa de Santo Henrique (20 de janeiro), bispo e mártir, padroeiro da Finlândia.

Francisco destacou a importância da “veneração dos santos”, na tradição cristã, lamentando que esta questão tenha servido para “dividir, em vez de unir, os crentes católicos e ortodoxos, por um lado, e os crentes evangélicos, por outro”.

“Os santos são irmãos e irmãs que percorreram este caminho até ao fim e chegaram à meta. Eles acompanham-nos como testemunhas vivas de Cristo, nosso Caminho, Verdade e Vida. Encorajam-nos a permanecer no caminho do discipulado, mesmo quando temos dificuldades, quando caímos”, precisou.

A intervenção evocou “grandes santos nórdicos”, como Brígida, Henrique e Olavo.

“Se o milénio da morte de Santo Olavo, em 2030, puder inspirar e aprofundar a nossa oração pela unidade, e também o nosso caminhar juntos, isso será um dom para todo o movimento ecuménico”, apontou Francisco.

O Papa concluiu o encontro com um convite à recitação comum da oração do Pai Nosso.

OC

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