Ecumenismo: diálogo deve continuar apesar das dificuldades, diz Bento XVI

Papa recebeu participantes na assembleia plenária do Conselho Pontifício para a promoção da unidade dos cristãos

Bento XVI disse esta Quinta-feira, no Vaticano, que apesar dos problemas e das dificuldades actuais, “o diálogo ecuménico continua a ser o nosso objectivo”.

A unidade dos cristãos, assinalou, “habita na oração” e é um “tomar parte na unidade divina”.

O Papa falava aos participantes na assembleia plenária do Conselho Pontifício para a promoção da unidade dos cristãos, que celebra nestes dias os 50 anos da sua criação, momento que classificou como uma referência para o “caminho ecuménico da Igreja Católica”.

Agradecendo a todos os que, ao longo deste meio século, se empenharam neste campo, contribuindo para a realização de diálogos teológicos e de encontros ecuménicos, Bento XVI quis recordar expressamente os diversos presidentes do Conselho (nascido como Secretariado), os cardeais Bea, Willebrands, Cassidy e, nos últimos 11 anos, o cardeal Kasper.

“São cinquenta anos em que se adquiriu um conhecimento mais verdadeiro e uma maior estima para com as Igrejas e as comunidades eclesiais, superando preconceitos sedimentados pela história”, afirmou o Papa.

Para Bento XVI, neste tempo “cresceu-se no diálogo teológico, mas também no da caridade; desenvolveram-se várias formas de colaboração, entre as quais – para além da defesa da vida, da salvaguarda da criação e do combate às injustiças – foi especialmente importante e frutuosa a colaboração no campo das traduções ecuménicas da Sagrada Escritura”.

O Papa admitiu que haja sinais de desânimos nalguns círculos, defendendo a “urgência de reavivar o interesse ecuménico”.

“Novos desafios se apresentam: as novas interpretações antropológicas e éticas, a formação ecuménica das novas gerações, a fragmentação do cenário ecuménico”, precisou.

O Vaticano assinalou, a 17 de Novembro, o 50.º aniversário da instituição do secretariado (hoje Conselho Pontifício) para a promoção da unidade dos cristãos.

O acto público foi presidido por D. Kurt Koch, presidente do Conselho Pontifício para o ecumenismo, com intervenções do cardeal Walter Kasper, seu predecessor, e dois representantes de outras igrejas cristãs: Rowan Williams, primaz da Igreja Anglicana, e o Metropolita Ioannis, do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla.

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