Ecumenismo constrói-se sobre a verdade

O Arcebispo Angelo Amato, secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, referiu acerca do último documento da Congregação para a Doutrina da Fé – «Respostas a algumas perguntas relativas à Doutrina sobre a Igreja» ser um texto que repete o que o Concílio Vaticano II disse, que a “única Igreja de Cristo subsiste na história na Igreja Católica” e acrescentou que ao reiterar isso não afirma um “vazio” eclesial fora da Igreja Católica. Estas declarações foram proferidas no Curso de Verão «Bento XVI: Pensamento e proposta no II Aniversário de seu Pontificado», que está se desenvolvendo durante esta semana em Aranjuez, organizado pela Fundação Universidade «Rey Juan Carlos» Antes de se pronunciar numa conferência sobre «Jesus de Nazaré na Cristologia de Bento XVI» e o livro do Papa, o arcebispo teve um breve encontro com alguns jornalistas. O Arcebispo disse que o texto declara que as Igrejas Ortodoxas orientais têm uma recta compreensão da sucessão apostólica e dos sacramentos, sobretudo da Eucaristia, e podem considerar-se, portanto, “Igrejas”. O texto é “muito positivo” para o encontro ecuménico porque dá uma “identidade precisa à Igreja Católica” e “o ecumenismo constrói-se sobre a verdade e sobre a identidade dos interlocutores”. Em relação às comunidades eclesiais da Reforma que não aceitam a sucessão apostólica e uma recta compreensão da Eucaristia, D. Amato explicou que elas mesmas se chamam “comunidades eclesiais da Reforma” e esta definição é usada tanto pela Congregação para a Doutrina da Fé como pelo Concílio Vaticano II. Sobre a reacção dos protestantes perante o Documento, D. Amato desmentiu que houvesse “incómodos”, porque “eles sabem que esta é a nossa identidade e não é a primeira vez que a Congregação afirma isso”. O Arcebispo também recordou que em 2000, a famosa Instrução «Dominus Iesus», afirmava exactamente o mesmo. Dessa forma, o secretário da Congregação para a Doutrina da fé insistiu na importância para o diálogo ecuménico de reconhecer que a Igreja de Cristo não é um “mito” ou um “ideal” que se tornará realidade com a união das Igrejas, mas que subsiste na história na Igreja Católica. “A Igreja de Cristo existe na história é já uma realidade concreta na história, que procura a unidade, através do diálogo ecuménico, com todas as outras expressões”, sublinhou. Com Zenit

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