Economia guineense não é amiga da educação

Fundação Evangelização e Culturas realizou fórum sobre educação para tornar este país lusófono mais desenvolvido A economia na Guiné-Bissau “nem sempre é amiga da educação, nem sempre ajuda a desenvolver a educação” – disse à Agência ECCLESIA Nuno Macedo, gestor do “Projecto +Escola” da Fundação Evangelização e Culturas. Só através da educação, este país poderá “dar um salto”. A Fundação Evangelização e Culturas (FEC) organizou, nos dias 25 e 26 de Fevereiro, naquele país um Fórum sobre Educação na Guiné-Bissau. Esta actividade pretendeu dar conta da importância da educação para o desenvolvimento da Guiné-Bisau, em geral, do contributo que a sociedade civil está a fazer para tornar isso uma realidade, intervindo na educação, e também a importância da formação em serviço de docentes como uma forma de melhorar a qualidade do ensino. A “educação é cada vez mais importante para o desenvolvimento da Guiné-Bissau” e foi organizado o conjuntamente pela FEC e pelo INDE (Instituto Nacional para o Desenvolvimento da Educação). Para além da aposta no sector educativo, Nuno Macedo frisou que também é fundamental apostar no desenvolvimento de outras áreas: emprego e economia. “É preciso apostar no desenvolvimento económico para que se chegue a uma melhor educação”. Como não existe uma indústria desenvolvida, nem serviços desenvolvidos, “é um entrave no sector educativo”. Corre-se o perigo de estar a formar pessoas “para o desemprego” – realçaram os participantes. O sistema escolar naquele país tem escolas comunitárias, escolas públicas e escolas privadas. A escola pública “tinha dificuldade de servir o país”. As escolas onde existe a participação da sociedade civil foram muito importantes “para aumentar o acesso das crianças ao ensino” – confidenciou. Por outro lado, as escolas com participação da sociedade civil apresentam mais dias lectivos do que as escolas públicas. “Há dificuldades no pagamento aos professores públicas”. E avança: “os professores dessas escolas públicas fazem greve”. Devido a estes condicionalismos, o calendário escolar está “muito longe de ser cumprido” – lamenta Nuno Macedo. A formação dos professores deve ser potenciada. “Só assim teremos melhor ensino e melhor qualidade de educação”. Cerca de 40 professores portugueses leccionam neste país lusófono. Estão integrados no Programa de Apoio ao Sistema de Ensino na Guiné-Bissau (PASEG). “Ensinam português e outras áreas disciplinares” – disse Nuno Macedo. E completa: “dão uma excelente ajuda e são bastante bem aceites pela sociedade guineense” A FEC é uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD), instituída pela Igreja Católica de Portugal (Conferência Episcopal e Institutos Religiosos) e presidida por D. Jorge Ortiga, em representação da Conferência Episcopal Portuguesa.

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