«Líderes empresariais, cristãos ou não, têm de ter a coragem íntima e a disponibilidade para um sacrifício acima do normal»
Lisboa, 03 jan 2013 (Ecclesia) – O secretário-geral da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) considera que as “empresas que vão estar bem em 2013” devem, “na medida da sua capacidade”, aumentar os ordenados e ajudar os trabalhadores com mais dificuldades económicas.
“Mesmo num ambiente de recessão, existirá espaço e lugar para o sucesso de muitas empresas”, que “têm a obrigação de não se esconderem na crise”, sustenta Jorge Líbano Monteiro em artigo publicado na edição de hoje do Semanário ECCLESIA.
Entre as medidas propostas pelo dirigente está a melhoria dos salários, “pagando remunerações mais próximas daquilo que é justo no plano da dignidade humana”, e a oferta de um “prémio social” aos colaboradores, “sobretudo para aqueles que vão lidar com mais dificuldades”.
Os administradores “devem mesmo acudir discretamente a situações sociais e familiares difíceis dentro da sua empresa”, sempre “que puderem”, refere Jorge Líbano Monteiro, que entre as boas práticas sugere também “pagar a horas” aos fornecedores e “inovar nos produtos e serviços”.
“Perante o momento em que vivemos, com graus de incerteza muito acentuados, os líderes empresariais, cristãos ou não, têm de ter a coragem íntima e a disponibilidade para um sacrifício acima do normal, num enorme exercício de sentido social”, vinca o responsável.
O texto salienta que “o ano de 2013 será um momento de enorme responsabilidade pessoal e um desafio para todos aqueles que acreditam que as dificuldades são parte integrante de um caminho” a percorrer “para alcançar o fim último” da existência humana.
Aos “líderes empresariais católicos” é pedido que “deem um testemunho de vida, que inspirem a confiança e o respeito, dentro e fora da empresa, na defesa dos seus trabalhadores e de todos aqueles que são influenciados pela vida das suas empresas”, assinala Jorge Líbano Monteiro.
“Deus quer precisar de cada um de nós e do nosso trabalho para continuar a construção de um mundo mais justo, para promover a felicidade daqueles que nos são próximos”, observa ainda o secretário-geral da ACEGE.
RJM