Grupo encerrou primeiro dia de trabalhos em «hub virtual»
Lisboa, 19 nov 2020 (Ecclesia) – Os participantes portugueses na conferência digital ‘A Economia de Francisco’, convocada pelo Papa, destacaram hoje o papel de liderança confiado aos jovens nesta iniciativa por um desenvolvimento mais humano e inclusivo.
O grupo que acompanha o evento online – com participantes de 120 países – reuniu-se num “hub virtual” para encerrar o primeiro dia de trabalhos, com apelos a uma economia “mais humana, inclusiva” e uma ecologia integral, que permitam desenhar novas soluções para o país.
Os participantes sublinharam a importância de “olhar para os últimos, os mais pobres”, recordando várias das propostas e testemunhos deixados ao longo da tarde de conferências, entre as quais foram apresentadas empresas, rentáveis, que colocam “a pessoa no centro” das decisões.
Outra das propostas passava por criar “mapas inclusivos”, que contem histórias e falem de coesão social, em vez de mostrarem apenas divisões.
“Precisamos de construir espaços onde nos identificamos uns com os outros”, observou o grupo português.
Os participantes na iniciativa convocada pelo Papa abordaram a urgência de criar “sentido de comunidade”, com cidades mais pequenas e sustentáveis.
Ao longo dos últimos meses, mais de 2 mil jovens participantes trabalharam 12 eixos temáticos, coordenados por um membro júnior e um sénior, juntamente com dez colaboradores internacionais.
As 12 aldeias temáticas, transformadas em sessões de trabalho online que os jovens realizaram nos últimos meses, são: trabalho e cuidado; gestão e dom; finanças e humanidade; agricultura e justiça; energia e pobreza; lucro e vocação; ‘policies for happiness’; CO2 da desigualdade; negócios e paz; Economia é mulher; empresas em transição; vida e estilos de vida.
Numa carta dirigida especialmente aos jovens, em maio de 2019, o Papa desafiou todos a participar num evento com o propósito de repensar uma “economia diferente, que faz viver e não mata, inclui e não exclui, humaniza e não desumaniza, cuida da criação e não a devasta”.
A iniciativa inspira-se na figura de São Francisco de Assis, “o santo que se despojou do mundano para colocar a sua vida ao serviço dos mais pobres, o santo da atenção aos frágeis e da ecologia integral”, assinala a organização em Portugal.
OC