«Economia de Francisco»: Participantes portugueses apontam à criação de «comunidades» que desenvolvam desafios do Papa

Geração sub-35 é chamada a construir novo sistema económico e financeiro

Lisboa, 21 nov 2020 (Ecclesia) – Os participantes portugueses na conferência digital ‘A Economia de Francisco’, convocada pelo Papa, assumiram hoje a intenção de “criar comunidades” para dar continuidade ao evento.

O projeto de reflexão e debate uniu, desde quinta-feira, economistas, empresários, empreendedores e estudantes com menos de 35 anos, de 120 países, após mais de um ano de preparação.

Ao longo dos últimos meses, 2 mil jovens participantes trabalharam 12 eixos temáticos, coordenados por um membro júnior e um sénior, juntamente com dez colaboradores internacionais.

As 12 aldeias temáticas, transformadas em sessões de trabalho online que os jovens realizaram nos últimos meses, são: trabalho e cuidado; gestão e dom; finanças e humanidade; agricultura e justiça; energia e pobreza; lucro e vocação; policies for happiness; CO2 da desigualdade; negócios e paz; Economia é mulher; empresas em transição; vida e estilos de vida.

A organização portuguesa do evento lançou um site, onde apresenta princípios e orientações ligados ao movimento global católico de jovens, para continuar a desenvolver este trabalho de “humanização” da economia e da sociedade.

Ao longo de três dias, os cerca de 50 participantes nacionais acompanharam intervenções que defenderam a necessidade de corrigir as distorções dos mercados, promover a sustentabilidade ambiental e colocar as pessoas, em particular os mais fracos, no centro das preocupações do sistema financeiro.

No último dia de trabalho, o encontro online evidenciou que a mudança pode começar cedo, através de exemplos desenvolvidos por adolescentes de vários pontos do mundo.

Lili, da Tailândia, disse que há seis anos q procura conversar com representantes governamentais do seu país para os sensibilizar para a redução do uso do plástico e “encontrar soluções ecocompatíveis”.

“Aquilo que me inspira é a esperança no futuro. Sabemos que as coisas não caminham muito bem. Espero por um futuro melhor, e isso motivou-me e inspirou-me”, referiu a adolescente, que vive em Banguecoque.

A convidada afirmou que o futuro da humanidade depende da forma como cuida do planeta e desafiou cada um a pensar como gostaria que fosse o seu futuro e o futuro da terra.

“Crianças e adultos pensem e reflitam, sonhem e encontrem inspiração nisso. Penso que podemos estabelecer pequenas metas em prol da pequena comunidade, da família e do ambiente, para dar vida a um mundo melhor”, sublinhou.

Três estudantes do colégio de San Carlo, em Milão, fizeram um estudo, entre mais de 400 alunos da sua escola, sobre a consciencialização para a otimização do uso da água, um tema importante uma vez que Milão é a segunda cidade na Europa no consumo da água.

A jovem Isa, do Brasil, desenvolveu uma aplicação para mostrar um projeto inspirado na economia de Francisco.

Simone, com 17 anos, integra um grupo artístico que trabalha com materiais reciclados, acreditando que a “criatividade e a alegria são fundamentais para os jovens”.

A iniciativa encerrou-se com uma mensagem do Papa e a divulgação de uma carta-compromisso.

LS/OC

«Economia de Francisco»: Jovens portugueses partilharam preocupações para dar «nova alma» à vida social e empresarial (c/vídeo)

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Agência ECCLESIA

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