Texto compromisso entre várias instituições católicas e cristãs resulta do aprofundamento da encíclica «Laudato Si»
Almada, 29 set 2018 (Ecclesia) – A Rede «Cuidar da Casa Comum» quer afirmar dentro das instituições cristãs que a “conversão interior” é também uma “conversão ecológica” e que estas alterações têm de ser promovidas nas “comunidades” e seus respetivos espaços.
A Rede ‘Cuidar da Casa Comum’, projeto ecuménico que envolve várias instituições, organizações, obras e movimentos católicos e cristãos, promoveu hoje uma iniciativa «Também somos Terra» que resultou numa carta compromisso onde os responsáveis manifestam a intenção de procurar caminhos de encontro.
A Rede quer promover “nas comunidades cristãs e nos respetivos espaços, paróquias, escolas, obras e movimentos, uma efetiva conversão ecológica”, pode ler-se no compromisso enviado à Agência ECCLESIA.
Os responsáveis querem, individualmente e em grupo, aprofundar e difundir a “reflexão partilhada na encíclica Laudato Si’ – Sobre o cuidado da casa comum”, “procurar caminhos de encontro entre toda a família humana, na busca da promoção e concretização de uma ecologia integral”,
O texto compromisso aponta ainda a importância de acompanhar “no espaço eclesial”, as questões ecológicas de âmbito nacional e mundial, “evidenciando as suas causas e consequências, de modo a desenvolver uma consciência coletiva acerca da sua relevância e urgência”.
A Rede compromete-se a sugerir e a assumir “caminhos de atuação concreta com vista à transformação dos estilos de vida”.
De uma forma individual, o texto apela a tarefas pessoais, “com humildade e convicção” para fazer da “casa comum” um lugar “habitado por todos, sem espaço para descartados, nem sobrantes”.
O Dia de Oração pelo Cuidado da Criação e do Tempo para a Criação, proposto pelo Papa Francisco para o dia 1 de setembro, será sempre uma data a incentivar e a celebrar, indica o texto.
O texto recupera ideias da encíclica do Papa Francisco, de 24 de maio de 2015, nomeadamente de que a Terra “se encontra hoje entre os pobres mais abandonados e maltratados” e reitera a confiança na capacidade de a humanidade “colaborar na construção da nossa casa comum”.
LS