Ecologia: Papa reafirma preocupações com proteção do ambiente

Francisco fala em «responsabilidade» dos cristãos

Cidade do Vaticano, 09 fev 2015 (Ecclesia) – O Papa Francisco disse hoje no Vaticano que a defesa do ambiente é uma “responsabilidade” dos cristãos, reforçando as preocupações com o tema a que vai dedicar a sua próxima encíclica.

“Quando ouvimos falar de pessoas que promovem reuniões para pensar em como proteger a criação, poderíamos dizer: ‘Ah, são os verdes’. Não, não são os verdes, isto é algo cristão, é a nossa resposta à primeira criação de Deus, é uma responsabilidade nossa”, referiu, na homilia da Missa a que presidiu na capela da Casa de Santa Marta.

Segundo Francisco, um cristão que não se preocupa com a defesa do ambiente é alguém a quem “o trabalho de Deus não interessa”.

O Papa assinalou que é necessário não sentir-se “donos da criação”, mas “fazê-la avançar, fiéis às suas leis”.

“Deus trabalha, continua a trabalhar, e nós podemos perguntar-nos sobre como responder a esta criação de Deus, que nasceu do amor, porque Ele salva pelo amo”, acrescentou.

A homilia falou numa “segunda criação” que implica que cada pessoa se deixe “reconciliar com Deus”, através de Jesus Cristo, no seu interior e na comunidade.

O Papa Francisco revelou em janeiro que a sua próxima encíclica, sobre a ecologia, vai ser publicada entre junho e julho, ainda a tempo de pressionar a comunidade internacional para decisões corajosas na Conferência do Clima 2015, em Paris.

“A última conferência, no Peru [dezembro de 2014], desiludiu-me, esperemos que em Paris sejam um pouco mais corajosos. Penso que o diálogo entre religiões é importante, também neste ponto, e que estamos de acordo num sentimento comum”, referiu aos jornalistas, durante a viagem que o levou do Sri Lanka às Filipinas.

Até dezembro, em Paris, vão decorrer uma série de eventos destinados a definir um novo acordo climático global pós-2020, centrado na redução de emissões para limitar o aumento médio de temperatura em 2º.

Francisco disse que vai dedicar uma semana de trabalho, em março, à conclusão da encíclica, o grau máximo das cartas que um Papa escreve.

OC

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