É urgente definir o conceito de sem-abrigo

O maior problema dos sem-abrigo é a “doença ou a deficiência física aliado ao alcoolismo e à toxicodependência” – disse à Agência ECCLESIA Isabel Monteiro, Directora técnica do Equipamento da Cáritas de Setúbal e elemento que representou a CNIS na primeira reunião de reflexão do «Grupo Interinstitucional (instituições públicas e privadas) para definição da estratégia para apoio aos sem-abrigo. Nesta iniciativa, promovida pelo Instituto da Segurança Social, sublinhou-se também que “é urgente definir e esclarecer o conceito de sem-abrigo”. O termo é lato e abrange “muita gente: os que vivem na rua, casas degradadas e em roulotes”. Para apoiar os «verdadeiros» sem-abrigo, Isabel Monteiro refere que, actualmente, ainda se fazem “apenas as necessidades básicas (higiene, alimentação e vestuário)”. O investimento nesta camada populacional é “muito superior” aos “resultados esperados”. E avança: “mas há casos positivos”. No intuito de alterar esta situação, as instituições presentes definiram que esta problemática deverá ser reflectida de uma “forma integrada”. Como “muitos dos sem-abrigo são beneficiários do Rendimento Social de Inserção”, o sector da saúde tem uma resposta importante a dar, bem como o Instituto da Droga e da Toxicodependência. Estes são os resultados de um inquérito feito sobre os sem-abrigo e onde o maior número de respostas sobre a população dos Sem Abrigo foi dado pelas Instituições de Particulares de Solidariedade Social (IPSS). Perante estes resultados, a equipa de reflexão achou “pertinente criar um grupo técnico para reflectir esta situação”. Este grupo de trabalho irá abordar temas prioritários. “Definição e aprofundamento do conceito de sem-abrigo; estudar e definir metodologias que permitam a erradicação da duplicação de intervenções e reflectir sobre as respostas sociais existentes”. O maior número de Sem-abrigo existe nas cidades de Lisboa, Porto, Setúbal e Braga.

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