O Santuário de Nossa Senhora de Lourdes, em França, anunciou que o saldo negativo de 1,5 milhões de Euros deixado pela visita de João Paulo II, entre 14 e 15 de Agosto, foi já eliminado graças à generosidade dos fiéis. Os organizadores da visita tinham previsto uma estratégia para financiar os custos que se baseava em pedir aos peregrinos a contribuição voluntária de dez Euros. A rápida entrada dos peregrinos acabou por anular essa abordagem. “Na tarde de 15 de Agosto tínhamos recolhido apenas 200.000 Euros, ou seja, cerca de 15% dos gastos (mais de 1.500.000 Euros). Era necessário reagir rápida e eficazmente”, explicam os organizadores. No dia 16 de Agosto, o bispo de Tarbes e Lourdes, D. Jacques Perrier, lançou um apelo, deixando claro que o défice não teria repercussões nem para o orçamento ordinário dos Santuários, nem para os empregados. Os Santuários começaram a estudar a possibilidade de pedir um empréstimo. Os meios de comunicação acabaram por dar grande destaque a este apelo “e a campanha de pedidos foi um êxito”, constatam os serviços do Santuário em comunicado de imprensa. Segundo os responsáveis de Lourdes, no dia 19 de Agosto começaram a chegar os primeiros cheques. “O nosso reconhecimento vai para os milhares de pessoas que nos ajudaram generosamente e aos meios de comunicação que transmitiram a informação”, refere Francis Dehaine, diretor-geral do Santuário.