Presidente da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre pede orações pela paz
Lisboa, 21 nov 2023 (Ecclesia) – A presidente-executiva internacional da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (FAIS) disse que ultimamente tem-se assistido a uma “escalada significativa da violência e das deslocações” em Mianmar com “fortes ataques em várias dioceses”.
“Tivemos conhecimento de fortes ataques em várias dioceses, ultimamente tem-se assistido a uma escalada significativa da violência e das deslocações e nos últimos dias, tem-nos chegado deste país um número crescente de pedidos urgentes de oração”, realça Regina Lynch.
Já em Janeiro, a FAIS dava conta de ataques na antiga Birmânia e até da destruição de uma histórica Igreja numa aldeia onde vive uma comunidade católica descendente de portugueses.
Quase três anos após o golpe militar de fevereiro de 2021, os rebeldes de Mianmar lançaram uma grande ofensiva.
“Após a recente ofensiva coordenada, conhecida como Operação 1027, que teve início no estado de Shan, os combates também se intensificaram em várias áreas, incluindo a região de Sagaing e os estados de Chin e Kayah, provocando violência e deslocações generalizadas”, lê-se num comunicado da FAIS enviada à Agência ECCLESIA.
“O sofrimento atingiu um ponto crítico, levando um número cada vez mais elevado de civis a procurar refúgio nas igrejas como abrigo seguro, mas, lamentavelmente, surgiram relatos de incidentes angustiantes no interior de lugares sagrados, tendo mesmo algumas igrejas sido transformadas em zonas de conflito e instituições religiosas evacuadas à força”, denuncia Regina Lynch.
Em diferentes locais, foram registados danos colaterais nas propriedades da Igreja, o que aumenta a gravidade da situação.
Face a tudo isto, os parceiros locais da Fundação AIS lançaram um apelo à oração: “A situação é terrível. Pedimos humildemente a todos que rezem por nós durante estes tempos difíceis”, lê-se numa mensagem.
“Por favor, não nos esqueçamos de rezar por Mianmar. Entre os muitos conflitos que existem atualmente no mundo, a população de Mianmar sente-se sozinha no meio do seu sofrimento, por isso a nossa solidariedade é um farol de luz na escuridão que está a enfrentar”, realça.
LFS