Direitos Humanos: Comissão Nacional Justiça e Paz defende mudança na Economia para travar «situações de miséria»

Organismo católico alerta para «reestruturações» que descartam as pessoas, em tempos de crise

Foto: Lusa

Lisboa, 10 dez 2020 (Ecclesia) – A Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP) apelou a uma mudança na Economia, para travar situações de miséria e evitar o agravamento da pobreza como consequência da crise provocada pela pandemia.

“Que as limitações económicas e financeiras não promovam situações de miséria. Que haja criatividade na repartição dos esforços, e coragem para atravessar este ‘deserto’ juntos, evitando sucumbir à tentação de aproveitamento da crise para ‘reestruturações’ que descartem as pessoas”, alerta o organismo da Igreja Católica em Portugal, em nota divulgada por ocasião do Dia Internacional dos Direitos Humanos, que se celebra hoje.

A CNJP une-se aos empresários, economistas, empreendedores e estudantes que fazem parte da plataforma global ‘Economia de Francisco’, convocada pelo Papa, para dar “uma nova alma à economia, partindo dos jovens e integrando todos num ‘novo barco económico’”.

Nesse sentido, apela aos responsáveis políticos e aos diversos decisores económicos, para que “considerem sempre o bem comum e a dignidade da pessoa humana nestes tempos pandémicos”.

“Hoje, mais do que nunca, falar de direitos humanos é repartir esforços e recursos, também económicos”, acrescenta o texto enviado à Agência ECCLESIA.

O organismo católico recorda a proximidade do Natal e a mensagem dos bispos católicos para a sua preparação, na qual se sublinha que “o Menino, nascido em Belém no meio de tantas dificuldades, ‘não vem mudar as situações, mas vem mudar os corações’”.

“Deixemos que Ele toque os nossos corações e ‘recicle as nossas mentalidades’, para que este Natal seja o início de um tempo novo, com nova alma, na economia e em tudo o mais”, apela a CNJP.

A mensagem recorda a realização, no último sábado, de uma conferência online sobre a “Economia de Francisco”, com testemunhos de três jovens diretamente envolvidos na participação portuguesa (Rita Monteiro, Marta Bicho e Francisco Maia) e um diálogo com Luigino Bruni, diretor científico do evento.

OC

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