Cinco organizações cristãs da Europa estão contra o projecto de directiva europeia sobre o asilo, que hoje é debatido, por considerarem que não assegura “nenhuma protecção adequada aos verdadeiros refugiados” e nega aos requerentes de asilo o direito de serem julgados “caso a caso”. Em carta dirigida a Michael McDowell, ministro da Justiça da Irlanda e presidente em exercício do Conselho de Ministros para a Justiça e Assuntos Internos, que hoje reúne em Bruxelas, responsáveis da Cáritas Europa, Comissão das Igrejas para os Migrantes na Europa, Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia, Serviço Jesuíta aos Refugiados Europa, e Conselho dos Assuntos Europeus dos Quakers contestam duas disposições do projecto. A primeira permite aos Estados-membros aplicar decisões negativas, mesmo antes de ser julgado um eventual recurso. A segunda identifica uma lista de países terceiros “seguros” aos quais os requerentes de asilo podem regressar, sem que a sua segurança seja posta em perigo. “Não devíamos dar como certo que um requerente de asilo esteja seguro no seu país de origem”, diz o texto. De acordo com as organizações, “um processo justo, transparente e eficiente de asilo é essencial para uma protecção efectiva dos refugiados”. A carta aconselha os ministros da justiça da UE a rejeitar a directiva, no caso de não chegarem a acordo sobre “emendas apropriadas” na reunião de hoje.
