Diocese nas comemorações dos 500 anos do Funchal

O Bispo do Funchal foi uma das personalidades convidadas para a cerimónia de apresentação pública da obra “Guia de Museus” da capital madeirense, da autoria de Francisco Clode, promovida pela Câmara Municipal do Funchal, no âmbito das comemorações dos 500 anos da cidade. Na oportunidade, e em referência à história secular da primeira urbe fundada pelos portugueses fora da Europa, D. António Carrilho destacou ainda dois outros aniversários que, de certo modo, estão ligados à própria identidade citadina: a fundação da Misericórdia do Funchal, a 27 Julho de 1508, por Carta régia de Dom Manuel I; e a criação da diocese, a 12 de Junho de 1514, pela Bula “Pro Excellenti”, do famoso Papa Leão X. Em relação ao passado, D. António recordou “estes 500 anos” com o olhar no pioneirismo das instituiçõe, como é o caso da Misericórdia, no que ela significou para a cidade no campo do serviço médico-social, entre outros aspectos. No seu historial, a Santa Casa integrou também figuras do maior prestígio, desde bispos a governadores, que honraram a cidade nos seus pergaminhos e que ainda hoje são motivo de gratidão. A cidade e a diocese do Funchal estão assim irmanadas na mesma história secular, como lembrou o actual Bispo diocesano. Na mesma data de elevação da vila funchalense à categoria da cidade, já a Igreja madeirense também se destacava quanto à sua importância, como prova o estatuto que execeu até ao princípio do século passado, em que os prelados diocesanos usavam o título de “Bispo da Madeira, Porto Santo, Desertas e Arguim (na Costa de África). “Deste modo, a diocese compreendia não somente as Ilhas deste Arquipélago, mas todos os territórios descobertos ou a descobrir pelos portugueses”. E a sua “jurisdição estendia-se por todo o território africano, Brasil e Ásia”, conforme relatam documentos oficiais. Quanto à Santa Casa da Misericórdia que celebrará 500 anos daqui a seis meses, as comemorações da cidade também são um momento de especial atenção, com o mesmo “espírito que nos guia e alimenta desde há cinco séculos”, disse em tempos o actual Provedor. No decorrer do 499.º aniversário da Misericórdia adiantou nomedamente que está projectada “a construção de um novo Lar, com características inter-geracionais, para acolher os utentes do actual lar de Santa Isabel; ao mesmo tempo que se pretende implementar serviços de saúde, como aconteceu no passado”.

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