De 2010 a 2015, cristãos procuram acertar o passo com uma melhor programação pastoral, nos 50 anos do Concílio A diocese de Viseu estará em sínodo de 2010 a 2015. Em declarações à Agência ECCLESIA, D. Ilídio Leandro, bispo daquela diocese, sublinhou que esta caminhada tem dois objectivos: “Pretendemos que a diocese se reveja e analise para fazer uma melhor programação pastoral e, por outro lado, celebrar os 50 anos do II Concílio Vaticano”. Com o cinquentenário deste acontecimento eclesial “queremos colocar a Igreja de Viseu a caminhar à luz do II Concílio do Vaticano”. E acrescenta: “Infelizmente temos pontos que ainda não foram concretizados”. Com mais de duzentas paróquias, a diocese de Viseu tem várias zonas pastorais com “situações diferentes”. Como as faixas etárias dos padres são dispares, os “ritmos não são iguais” – realça D. Ilídio Leandro. E adianta: “Há necessidade de acertarmos os passos e parar um pouco para caminharmos melhor”. O II Concílio do Vaticano veio abrir a Igreja ao mundo, mas “é um desejo que nunca está totalmente concretizado”. Para preparar melhor o sínodo diocesano, os próximos três anos terão como tema central a «Palavra de Deus», mas “haverá um subtítulo para cada ano”. Nestes anos preparatórios haverá sempre um documento que será aprofundado. “Primeiro será a «Dei Verbum», depois abordaremos a «Lumen Gentium» e, no último, a «Gaudium et Spes»” – disse o bispo de Viseu. Depois de estudados os documentos conciliares, a diocese entrará na caminhada sinodal. Passados 50 anos, “muitos cristãos ainda não conhecem os documentos conciliares” porque a recepção feita “ficou muito na área litúrgica”. E avança: “Mesmo nesta área existe uma superficialidade muito grande”. As outras dimensões do concílio – sobretudo a vertente da comunhão, da corresponsabilidade e missionária da Igreja – “ficaram muito por concretizar” – sublinhou D. Ilídio Leandro. O Diaconado Permanente é também uma aposta da diocese de Viseu. “Temos um grupo nomeado para a sua implementação e a fazer uma prospecção”. Depois de feita a formação, daqui a três anos Viseu terá os primeiros diáconos permanentes. “Quando começar o sínodo pensamos ter os primeiros diáconos permanentes” – finaliza.
