Diocese de Beja precisa de padres

Nota de D. António Vitalino para a Semana dos Seminários «Fazei isto em memória de mim» 1. Este mandato de Jesus, proferido durante a última ceia no Cenáculo, depois da bênção do pão e do vinho, exige algum esforço de investigação da nossa parte, para sabermos quem é interpelado por Jesus e como tem sido cumprida esta ordem através dos séculos. 2. Sabemos que os Apóstolos assumiram este desafio como dirigido a eles, de modo que a primeira comunidade cristã de Jerusalém “era assídua ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fracção do pão e às orações” (Act 2, 42). A celebração da Eucaristia ao domingo, dia da Ressurreição do Senhor, presidida pelos Apóstolos, que receberam este mandato na última ceia, era o encontro fundamental da comunidade cristã. Os escritores dos primeiros séculos da era cristã descrevem amiúde estas assembleias, presididas por ministros ordenados pelos Apóstolos e seus sucessores. Nesta celebração torna-se presente a vida de Jesus no acto de se oferecer a Deus Pai pela nossa salvação. Como se exprime o Papa João Paulo II, na Carta apostólica “Mane nobiscum”, de 7 de Outubro de 2004, pela qual convocou o Ano da Eucaristia, repetindo a outra carta de 1994, convocatória do Jubileu de 2000, “no sacramento da Eucaristia o Salvador, que encarnou no seio de Maria vinte séculos atrás, continua a oferecer-Se à humanidade como fonte de vida divina» (nº 7). 3. As comunidades cristãs têm necessidade desta presença real e deste alimento que vem do céu, para se identificarem sempre mais profundamente com Cristo e, como Ele, viverem uma vida eucarística, isto é, como dom, oferta e acção de graças. Mas, como outrora, quando Jesus anunciou a necessidade de comer este pão, que é o seu Corpo, muitos se afastam da sua companhia. Mais que nunca são precisas pessoas identificadas com Cristo, que ajudem a edificar a comunidade dos seus discípulos, firmes na decisão de se manterem unidos a Ele e uns aos outros, à semelhança de Pedro, que exclamou: “Senhor, a quem havemos de seguir? Só Tu tens palavras que dão a vida eterna” (Jo 6, 68). 4. Na diocese de Beja temos necessidade de mais presbíteros, para que todas as comunidades possam participar semanalmente na celebração da Eucaristia, fonte e luz para o novo milénio, centro da vida e da missão da Igreja. Temos presbíteros com muitas paróquias, impossibilitados de preparar dignamente a celebração dominical com as comunidades paroquiais que lhes estão confiadas, para depois a celebrar com a alegria e o fervor da primeira vez. 5. A celebração da Eucaristia realizará tanto mais a unidade, comunhão e missão da Igreja, quanto melhor preparada e participada for por todos os intervenientes: padres, diáconos, acólitos, leitores, ministros extraordinários da Eucaristia, cantores, etc. Por isso, cristãos da diocese de Beja, colaborai com o nosso Seminário, o­nde se formam os futuros padres e com a nossa Escola de Ministérios. António Vitalino, Bispo de Beja

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