Projecto «Ciência Viva» tem vindo a lançar nova luz sobre os monumentos da região
O Departamento do Património Histórico e Artístico (DPHA) da diocese de Beja está a olhar de maneira diferente para o património religioso da região, com o objectivo de potenciar o enorme manancial de informação científica que se encontra ainda escondido nos seus monumentos.
Num comunicado do DPHA, enviado à agência ECCLESIA, pode ler-se que “o património cultural e religioso do Baixo Alentejo não se esgota na dimensão antropológica, artística, histórica ou espiritual”.
Por isso, aquele organismo tem vindo a desenvolver um conjunto de parcerias com entidades de referência do campo científico, com destaque para o Museu Nacional de História Natural, da Universidade de Lisboa.
“Já lá vão os tempos em que se olhava para o património religioso sobretudo pela vertente artística ou histórica; sabemos agora que ele constitui um laboratório vivo, onde se encontram inúmeras respostas sobre o meio ambiente, a sua evolução e a sua interacção com a presença humana” explica o director do DPHA, José António Falcão.
“A ciência representa um aliado essencial para o estudo e a salvaguarda do património” acrescenta o mesmo responsável, ”mas pode assumir também um papel fundamental em termos de animação e divulgação”.
Como resultado da parceria com o Museu Nacional de História Natural, foi desenvolvido em 2008 o projecto “Ciência no Verão”, uma iniciativa que abriu novas perspectivas para a arte sacra no Alentejo, chamando milhares de visitantes.
“No ponto de vista da divulgação científica, deixámos de estar na cauda do país”, salientou José António Falcão.
No próximo sábado, dia 11, o DPHA vai iniciar o ciclo de trabalhos para o projecto deste ano, com especial destaque para a área da geologia.
A partir das 16 horas, a Igreja de Nossa Senhora das Salas, em Sines, abre as portas ao público, com entrada livre, para a iniciativa “O Sagrado e o Profano”.