Diáconos permanentes são riqueza a descobrir pela Igreja

D. Carles Soler Perdigó marcou presença em simpósio realizado em Fátima

O diaconado permanente é uma riqueza que a Igreja tem de voltar a descobrir, assegurou D. Carles Soler Perdigó, Bispo Emérito de Girona.

“Os diáconos têm de estar presentes, têm de actuar e cumprir as suas funções”, refere à Agência ECCLESIA, sublinhando a importância de manter viva a ideia de “serviço” no seio da Igreja.

Segundo a doutrina eclesial, os diáconos distinguem-se pela “dedicação às obras de caridade e de assistência” e na animação de comunidades ou sectores da vida eclesial, presidindo também à celebração de alguns sacramentos.

D. Carles Soler Perdigó sublinha que estes ministros “são um dom do Espírito Santo” que deve difundir “o espírito de serviço”.

Este especialista foi o conferencista principal no III Simpósio dos Diáconos Permanentes de Portugal que decorreu de 30 de Novembro a 1 de Dezembro, em Fátima.

Promovido pela Comissão Episcopal Vocações e Ministérios, este encontro juntou cerca de centena e meia de participantes.

O diaconado permanente, restaurado pelo Concílio Vaticano II há mais de 40 anos, é o primeiro grau do sacramento da Ordem, a que podem aceder homens casados (depois de terem completado 35 anos de idade), ao contrário do que acontece com o sacerdócio.

Para D. Carles Soler Perdigó, a decisão conciliar visou suprir uma “lacuna”, uma “hibernação” que existia desde o século XII.

“Segundo o que recebemos da tradição mais antiga e da Sagrada Escritura, sempre houve diáconos, desde o princípio, para ajudar o bispo no cumprimento da sua missão”, precisa.

Com o tempo, contudo, houve uma grande multiplicação no número dos sacerdotes e estes “foram absorvendo as funções próprias do diáconos”.

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