Os diáconos permanentes de Portugal, Espanha, Alemanha e Itália encontram-se, a partir de amanhã, no Seminário Maior de Santiago de Compostela. O evento, que termina no dia 8 de Dezembro, é presidido por D. Joaquín López de Andújar, presidente do Comité espanhol para o Diaconado Permanente, e D. Julián Barrio, Arcebispo de Santiago de Compostela, que pronuncia a conferência inaugural sobre o “Sentido do Encontro Internacional de Diáconos no Ano Santo Compostelano”. O encontro e peregrinação termina com a participação dos diáconos permanentes na celebração da Eucaristia, no dia da solenidade da Imaculada Conceição, na catedral de Santiago de Compostela. O programa completo está disponível em www.conferenciaepiscopal.es/actividades/jornadas/diaconado2004b.htm Na Igreja do Ocidente o ministério dos diáconos floresceu até o século V. Por diferentes razões, declinou depois lentamente até o ponto de que este ministério chegou a ser tão só uma fase intermediária para os candidatos à ordenação sacerdotal. O Concílio Vaticano II abriu o caminho para restaurar este ministério como “grau próprio e permanente da hierarquia”, permitindo que possa ser conferido a homens em idade madura, já casados. Com a carta apostólica “Sacrum diaconatus ordinem” de 1967, o Papa Paulo VI estabeleceu as indicações conciliares, criando as regras gerais para a Igreja Latina. No ano 2001 em todo o mundo, havia 28.626 diáconos permanentes diocesanos e 578 diáconos permanentes religiosos, segundo o Anuário Estatístico da Igreja. Os dados da Conferência Episcopal Portuguesa referem, para esse mesmo ano, 125 diáconos permanentes no nosso país. De acordo com o Secretariado Geral da Conferência Episcopal Portuguesa (Anuário Católico de Portugal 2003), o nosso país conta com 9.404.000 católicos para um total de sacerdotes que ronda os 4.300. A relação é, assim, de 1 sacerdote para cada 2.200 católicos. Apesar desta situação, a esmagadora maioria das paróquias é administrada pastoralmente por sacerdotes (4.322) e apenas perto de 40 (0,9%) são administradas por diáconos, religiosas e leigos.
