Dia Mundial da Paz: Papa recorda responsabilidade de jornalistas e agentes culturais na formação da opinião pública

Francisco agradece a todos os que se disponibilizaram para acolher refugiados

Cidade do Vaticano, 01 jan 2016 (Ecclesia) – O Papa defende na sua mensagem para o 49.º Dia Mundial da Paz, celebrado hoje, que os media e o mundo da cultura têm responsabilidade na educação das novas gerações e na formação da opinião pública.

“Também os agentes culturais e dos meios de comunicação social têm responsabilidades no campo da educação e da formação, especialmente na sociedade atual onde se vai difundindo cada vez mais o acesso a instrumentos de informação e comunicação”, escreve Francisco, no documento, intitulado ‘Vence a indiferença e conquista a paz’.

A mensagem dirige-se em particular aos profissionais dos media, convidando-os a “colocar-se ao serviço da verdade e não de interesses particulares”.

“Os agentes culturais e dos meios de comunicação social deveriam também vigiar para que seja sempre lícito, jurídica e moralmente, o modo como se obtêm e divulgam as informações”, acrescenta.

Esta passagem do texto pode ser vista como uma indireta alusão ao caso de furto e divulgação de documentos confidenciais da Santa Sé, atualmente a ser julgado no Vaticano.

O Papa elogia, depois, os jornalistas e fotógrafos, que informam a opinião pública sobre “as situações difíceis que interpelam as consciências” e naqueles que “se comprometem na defesa dos direitos humanos, em particular os direitos das minorias étnicas e religiosas, dos povos indígenas, das mulheres e das crianças, e de quantos vivem em condições de maior vulnerabilidade”.

“Entre eles, contam-se também muitos sacerdotes e missionários que, como bons pastores, permanecem junto dos seus fiéis e apoiam-nos sem olhar a perigos e adversidades, em particular durante os conflitos armados”, acrescenta.

Francisco saúda também as famílias que, no meio de “inúmeras dificuldades laborais e sociais”, se esforçam concretamente por educar os seus filhos “nos valores da solidariedade, da compaixão e da fraternidade”.

“Quantas famílias abrem os seus corações e as suas casas a quem está necessitado, como os refugiados e os emigrantes”, prossegue.

Neste contexto, o Papa agradece a todas as pessoas, famílias, paróquias, comunidades religiosas, mosteiros e santuários que “responderam prontamente” ao seu apelo de acolher uma família de refugiados.

“A solidariedade como virtude moral e comportamento social, fruto da conversão pessoal, requer empenho por parte duma multiplicidade de sujeitos que detêm responsabilidades de carácter educativo e formativo”, observa ainda.

OC

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