Dia Mundial da Paz: Bispo de Angra pede compromisso pessoal dos católicos e desafia media à defesa dos mais frágeis

D. João Lavrador fala num dos «mais profundos anseios» da humanidade

Angra do Heroísmo, Açores, 31 dez 2019 (Ecclesia) – O bispo da Diocese de Angra apelou ao compromisso dos católicos e dos media na construção da paz, considerando que este é um dos “mais profundos anseios” da humanidade.

“Somos convidados a viver o primeiro dia do ano acolhendo o dom da Paz e de nos comprometermos nos caminhos que nos conduzem à tão ansiada Paz” escreve D. João Lavrador na sua mensagem o 53º Dia Mundial da Paz, que se celebra no próximo dia 1 de janeiro, intitulada “A Paz brota da Comunhão entre os Homens”.

O texto é divulgado pelo site diocesano, ‘Igreja Açores’.

“Nunca é demais reconhecermos que a Paz começa em cada um de nós, no ambiente familiar, nas diversas instituições educativas, em cada comunidade e nas variadas estruturas culturais e sociais. Cuidar do modo como nos relacionamos, como acolhemos, como salvaguardamos a dignidade de cada pessoa e do bem comum, é algo preciosíssimo para a edificação da Paz” assinala o bispo de Angra.

D. João Lavrador, presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, dirige-se especialmente aos media.

“Dada a relevância que a comunicação social tem nas nossas sociedades, nomeadamente as redes sociais, é uma profunda exigência colocada aos comunicadores serem verdadeiros construtores da Paz, na verdade, na justiça, na defesa dos mais débeis, provocando gestos de autêntica solidariedade, fraternidade e respeito pela dignidade de cada pessoa”, indica.

O responsável católico sublinha que os governantes, nas diversas instâncias de poder, devem ter “um redobrado cuidado de modo que tudo se faça para favorecer a construção da Paz”.

O texto cita a mensagem do Papa Francisco para o 53º Dia Mundial da Paz, que se assinala no primeiro dia do ano, com apelos a uma conversão ecológica.

“Estamos há longos anos a debater-nos com a crise ecológica e a degradação violenta do meio ambiente, que resulta numa crise climática que está a afetar as condições de vida de muitos povos”, adverte o bispo de Angra.

Atendendo ao caminho de reconciliação que inclui também escuta e contemplação do mundo que nos foi dado por Deus, para fazermos dele a nossa casa comum, somos convidados a descobrir as motivações profundas e um novo modo de habitar na casa comum, de convivermos uns e outros com as próprias diversidades, de celebrar e respeitar a vida recebida e partilhada, de nos preocuparmos com condições e modelos de sociedade que favoreçam o desabrochar e a permanência da vida no futuro, de desenvolver o bem comum de toda a família humana”.

O prelado alerta contra a tentação do desanimo ou do medo, propondo um “caminho de reconciliação” e de encontro entre pessoas.

A mensagem conclui-se com votos de um “Ano Novo abençoado por Deus e que todos os diocesanos, nomeadamente os mais sofredores e carenciados da verdadeira paz, sejam agraciados pelos gestos que conduzem à Paz”.

OC

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Agência ECCLESIA

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