Dia Mundial da Ajuda Humanitária

Cáritas Internacional diz que o futuro deve passar por ter pessoas preparadas no terreno

A confederação internacional da Cáritas associou-se à celebração do Dia Mundial da ajuda humanitária e dos trabalhadores humanitários, pedindo maior investimento na preparação de pessoal pronto para responder a catástrofes.

Segundo Alistair Dutton, director humanitário da “Caritas Internationalis”, são as próprias comunidades que têm de conseguir responder, em primeiro lugar, a situações de emergência como as que se têm vivido nos últimos meses.

“A principal resposta humanitária em desastres vem das raízes, as pessoas de todo o mundo que estão a lidar com estas catástrofes precisam de mais apoio e recursos para se tornarem menos vulneráveis”, assinala.

Este apoio, indica o site oficial da confederação de organizações católicas para a ajuda humanitária, passa por iniciativas como construções mais resistentes aos sismos, em áreas de risco, ou apoio ao armazenamento de cereais em regiões propensas a períodos de seca.

“Em muitos países, inundações e secas são quase um acontecimento anual, mas as pessoas continuam a perder as suas casas”, lamenta Alistair Dutton.

A “Caritas Internationalis” é a confederação de 162 organizações Cáritas que trabalham em mais de 200 países e territórios, incluindo Portugal, formando a segunda maior rede humanitária do mundo.

A confederação católica desenvolve um trabalho significativa na prevenção de desastres que passa, por exemplo, pela construção de abrigos contra tufões no Bangladeseh, a promoção de culturas resistentes à seca no Uganda ou programas para prevenir a desflorestação no Peru.

Neste dia mundial, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, lembrou os funcionários da organização que morreram em missão e as vítimas do terramoto ocorrido em Janeiro, no Haiti.

Em Portugal, é urgente uma estratégia para a coordenação da ajuda internacional, diz João Martins, da Plataforma das Organizações não Governamentais para o Desenvolvimento.

Perante a notícia de uma tragédia em qualquer canto do mundo, as pessoas mobilizam-se e começam a surgir apelos de donativos, mas muitas vezes “instala-se o caos”, porque falta coordenação e comunicação entre ONG’s, refere João Martins à Rádio Renascença.

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