Doentes e idosos de diversas paróquias madeirenses participaram ontem na Eucaristia celebrada na Sé do Funchal, assinalando o Dia Mundial do Doente. O Cón. CarlosDuarte Nunes, que presidiu à celebração eucarística, sublinhou, na sua homilia, a importância daquela celebração, no dia em que a Igreja celebrava a Memória litúrgica de Nossa Senhora de Lurdes, em cujo santuário, em França se reúnem diariamente milhares de doentes de todo o mundo. Referindo-se à primeira leitura proclamada na missa de ontem, sublinhou que “a palavra que hoje o Senhor nos dirige através do profeta Isaías é também uma palavra de consolação a todos aqueles que sofrem com a sua doença e a sua debilidade e para os que se mantêm firmes e confiantes no Senhor. Saber que Deus não nos abandona é um consolo espiritual muito grande”. Depois de recordar que Jesus Cristo “é o médico dos corpos e das almas”, o Cónego Carlos Duarte Nunes, recordou que Cristo curou muitas enfermidades dos homens, fez uma reflexão ao Evangelho em que se São Lucas narra a visita de Nossa Senhora à sua prima Santa Isabel, disse que “Maria nada tinha de seu, pois tudo era obra de Deus. Também podemos ser semelhantes a Ela, porque o Deus todo-poderoso quer operar em nós maravilhas, apesar da nossa fraqueza. Apesar das tragédias, desgraças e doenças da Humanidade Deus continua a realizar o Seu sonho, porque Deus quer salvara a todos. Celebrar a Eucaristia neste dia lembrando todos os que sofrem é sublinhar a intercessão de Maria para alcançar a saúde do corpo, equivale a celebrar o dom da vida. Celebra e exalta a vida que Deus nos continua a nos dar, apesar, muitas vezes, das nossas debilidades”. Referindo-se à mensagem de Bento XVI para o XVII Dia Mundial do Doente, recordou que o Papa teve uma palavra especial para as crianças que sofrem. Apontou palavras do Papa que sublinhou que “um cristão não pode permanecer indiferente ao silencioso grito de dor que se eleva das crianças doentes ou abandonadas a si mesmas no mundo. A sua consciência de homem e de crente não lhe permite e impõe-lhe o imperioso dever de intervir” diz o Papa. Falando para os doentes e acompanhantes, o Cónego Carlos Duarte Nunes, salientou ainda alguns aspectos da mensagem da Comissão Episcopal da Pastoral Social em que se diz que “o doente deve estar no centro da comunidade cristã e para que isso aconteça é necessário avivar a consciência comunitária e atenta aos doentes, não deixando que o doente seja um ser esquecido nas nossas relações humanas. Fazer uma visita é um acto de caridade, pois alivia o sofrimento e dá-lhe novo impulso para a sua própria vida”. “Precisamos de olhar o sofrimento humano com esperança da Cruz de Cristo, o sofrimento redentor capaz de libertar o homem do desânimo”. A finalizar a sua homilia referiu que no Dia Mundial do Doente a Igreja tem uma palavra de gratidão para todos os que cuidam dos anciãos e dos doentes. Que Maria Mãe da Igreja, Senhora de Lurdes a todos abençoe e que todos se preocupem com a dignidade humana com o conforto e bem-estar dos doentes. Na celebração eucarística esteve presente um grupo de enfermeiras e elementos da Coluna de Socorro Henry Dunant, bem como responsáveis pelo Serviço Regional de Saúde.