É com enorme tristeza que assistimos hoje à decisão da Assembleia da República ao aprovar, em votação na generalidade, cinco projetos de despenalização da eutanásia.
Reiterámos o que afirmámos no comunicado do Conselho Permanente de 11 de fevereiro, em profunda sintonia com o Papa Francisco que, na mensagem para esse Dia Mundial do Doente, apelava aos profissionais da saúde para “terem em vista constantemente a dignidade e a vida da pessoa, sem qualquer cedência a atos como a eutanásia, o suicídio assistido ou a supressão da vida, mesmo se o estado da doença for irreversível”.
Sublinhamos todas as declarações do Cardeal-Patriarca de Lisboa e Presidente da Conferência Episcopal, proferidas esta tarde à Agência Ecclesia. Nomeadamente, “aquilo que importa enquanto Igreja, e importa a muitas outras forças da sociedade civil – a maior parte delas nem são propriamente presenças religiosas, são profissionais e de outras áreas – e até inter-religiosas, é que a vida seja devidamente contemplada em todo o arco existencial, independentemente do que possa acontecer legislativamente”.
A Conferência Episcopal acompanha e apoia todas as iniciativas que continuarão a decorrer pela defesa da vida e contra a eutanásia.
Lisboa, 20 de fevereiro de 2020
Padre Manuel Barbosa, Secretário e Porta-voz da CEP