Desafios da escola católica

De acordo com o Plano de Acção da Comissão Episcopal da Educação Cristã (CEEC) para o triénio 2008-2011, Departamento da Escola Católica cabem as seguintes tarefas:

1. Activar um Plano de Acção Nacional para apoio aos Bispos e aos Institutos Religiosos e Seculares com responsabilidades directas sobre as escolas católicas;

2. Representar a Comissão Episcopal da Educação Cristã em reuniões nacionais e internacionais (CEEC e OIEC);

3. Considerar, no âmbito do Plano de Acção nacional, a necessidade de reflectir e aprofundar os seguintes domínios: diversidade e mudanças nos sectores da cultura e da educação; estilo de liderança das escolas; Projecto Educativo de escola católica; formação e qualidade dos docentes; responsabilidades dos Bispos de acompanhamento das escolas católicas nas respectivas dioceses; reconhecimento civil do serviço público que as escolas católicas prestam à sociedade.

4. Realização de eventos de carácter formativo e de reflexão;

5. Acompanhamento das actividades da Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC);

6. Levantamento e publicação de dados estatísticos da implantação da Escola Católica em Portugal.

Está constituído um grupo (GREC), junto do DEC, com representantes da CIRP, APEC e outros membros de algumas escolas católicas, coordenado por D. António Marcelino, que reúne regularmente para, em conjunto, reflectir sobre a identidade e a acção das escolas católicas no nosso País. A primeira grande actividade, virada para o exterior, realizada pelo GREC, foi o Fórum Risco de Educar, em Janeiro de 2007. Dando continuidade ao Fórum, foram realizados vários encontros de reflexão a nível inter-diocesano, a partir dos quais algumas dioceses sentiram a necessidade de se organizarem para uma dinamização  das suas escolas e investirem na formação dos seus agentes educativos.

O GREC, na busca de encontrar os pontos comuns de um projcto educativo de escola católica, apesar da diversidade de carismas, encontrou três dimensões que não poderão deixar de estar presentes:

1. O modelo educativo da escola deve ser o modelo familiar, porque gerador natural de vida.

2. A relação educativa, cujo modelo é a relação familiar, pressupõe uma visão da pessoa e da educação.

3. Jesus Cristo é para a escola católica, o modelo e instância crítica da realização humana plena.

Em 2008, e fazendo eco da preocupação do Comité Europeu do Ensino Católico, participaram, numa acção de formação, orientada pela equipa de formadores da FERE – Espanha, 2 religiosas que trouxeram, com o apoio do SNEC (DEC), essa equipa a Coimbra, em 2009, para orientar uma acção de formação para os seus educadores. Esta proposta foi depois aberta a todas as escolas e deu origem a que, em Setembro deste ano de 2010, fosse realizado o Seminário Competências Pedagógicas e Pastorais dos Educadores da Escola Católica, simultaneamente em Lisboa e Coimbra. Projecta-se dar continuidade a este tipo e temática de formação.

Houve também participação, com o apoio do SNEC (DEC), de alguns professores, no X Congresso de Escolas CatólicasEscola com Visão, realizado em Toledo; e, em Madrid, nas Jornadas  de Pastoral – Que palavras contaram a PALAVRA.

Pensamos que o principal desafio com o qual nos defrontamos, actualmente, é o da criação de redes que sejam rosto de unidade entre todas as instituições cujo fim é a educação e felicidade de todos os que nelas procuram o seu caminho: crianças, jovens e adultos.

Um segundo desafio é o de dar continuidade à formação das equipas directivas e dos professores das nossas escolas católicas.

Um terceiro desafio: o de contribuir para que um Projecto Educativo, explícita e confessadamente cristão, seja um roteiro vivo, construído e participado por todos, para nos convertermos em plataformas educativas fiéis ao nosso carácter único de uma escola que fundamenta as suas opções axiológicas, educativas, pedagógicas e estratégicas numa clara antropologia cristã, e cujas actividades se realizam em função do desenvolvimento integral dos seus alunos radicado no modelo de Homem que é Jesus Cristo.

Na representação em reuniões nacionais e internacionais (CEEC e OIEC) tem-se chamado à participação um elemento da direcção da APEC para que aqueles que, no terreno, sentem os anseios, as dificuldades e as alegrias da sua missão educativa estejam devidamente representados e possam melhor acompanhar o que se reflecte, se debate e se realiza a nível europeu e, também, mundial.

Maria Helena Calado Pereira, Departamento da Escola Católica

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