D. Ximenes Belo pede orações por Timor

D. Ximenes Belo pediu orações pelos timorenses durante a celebração de uma Eucaristia na Igreja Paroquial de Fátima. “Dou graças a Deus por estar aqui”, confessou o bispo Ximenes Belo no início da eucaristia, para acrescentar com a alegria patente no rosto: “É a primeira vez que estou aqui”. Dirigindo-se aos fiéis – na sua maioria residentes locais – que assistiam à missa no templo onde foram baptizados os três videntes de Fátima, o ex-administrador apostólico de Díli expressou ainda o seu agradecimento a todos os “cristãos de Fátima” que rezaram pelos timorenses, durante o tempo em que aquele povo lutava e morria pela independência. “Com as vossas orações conseguimos a nossa independência”, lembrou o bispo na homília, pedindo aos fiéis que continuassem a fazer orações pelos timorenses. “Nossa Senhora de Fátima tem muita influência em Timor”, realçou também, lembrando que o primeiro seminário de Timor – mandado construir por um missionário português – recebeu a designação de Seminário de Nossa Senhora de Fátima. Actualmente, Timor tem “cerca de um milhão de habitantes e a maioria são católicos”, afirmou o Nobel da Paz, sublinhando que, apesar das sucessivas ocupações, “mantivemos viva a fé transmitida pelos portugueses”. D. Ximenes Belo acredita que este facto só foi possível graças à “protecção e auxílio de Nossa Senhora”, mas também devido ao “esforço missionário”. Recorde-se que o ex-líder católico de Díli, que comemorou recentemente as bodas de prata de ordenação sacerdotal, foi prémio Nobel da Paz em 1996. Um facto que na altura trouxe novas esperanças à causa timorense. Após a resignação do cargo de bispo de Díli, Ximenes Belo partiu para Moçambique, mas viu-se obrigado a interromper a sua missão naquele território por razões de saúde, encontrando-se, actualmente, em Portugal a realizar tratamentos médicos.

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