D. Manuel Clemente faz parte da Academia de Cultura Portuguesa

O Bispo Auxiliar de Lisboa D. Manuel Clemente tomou ontem posse, ao final da tarde, como membro da Academia Internacional de Cultura Portuguesa, eleito pelos académicos da entidade pelo mérito da sua obra. Criada em 1965 pelo Governo, a Academia tem como objectivo fomentar trabalhos científicos para salvaguardar a herança cultural portuguesa das comunidades dispersas pelo mundo. Em concreto, dedica-se à promoção da investigação e inventário das tradições e padrões culturais portugueses, identificação e estudo das comunidades portuguesas, bem como a publicação dos estudos desenvolvidos. Presidida por Adriano Moreira, um dos fundadores, tal como o foi José de Azeredo Perdigão (que presidiu à Fundação Calouste Gulbenkian), a Academia Internacional de Cultura Portuguesa escolhe para seus membros apenas «pessoas que tenham dado provas da sua competência pela publicação de importantes trabalhos» relacionados com o trabalho da instituição. D. Manuel Clemente tomou posse como “académico de número”, únicos membros que têm a possibilidade de eleger qualquer um dos outros, divididos ainda por académicos “correspondentes” e de “mérito”. Nascido no concelho de Torres Vedras em 1948, o Bispo Auxiliar do Patriarcado de Lisboa formou-se em História na Faculdade de Letras de Lisboa e ingressou no Seminário dos Olivais em 1973. Seis anos mais tarde licenciou-se em Teologia na Universidade Católica Portuguesa (UCP), e doutorou-se em Teologia Histórica com a tese “Nas origens do apostolado contemporâneo em Portugal — A sociedade católica (1843-1853)”. Ordenado bispo no ano 2000, integra actualmente a Comissão Episcopal das Comunicações Sociais, órgão da Conferência Episcopal Portuguesa, e é o presidente da Comissão Episcopal para a Cultura. Desde 1975 lecciona História da Igreja na Universidade Católica Portuguesa. É presença habitual nos programas da Rádio Renascença e em “A Fé dos Homens”, transmitido pelo segundo canal da RTP (2:). Em declarações à Rádio Renascença, o bispo auxiliar sublinha que “estou certo e convicto de que nada se fará em geral, se não nascer no particular. Ressaltando por isso o papel de instituições como esta Academia, que reúnem pessoas e fortalecem disposições de sabedoria fecunda (…) a cultura portuguesa é internacional de raiz, não só pela variedade dos seus componentes de origem, como pelo alargamento ecuménico que registou depois”.

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