D. José Policarpo: «Igreja está a perder sintonia com as pessoas»

D. José Policarpo reconheceu que a Igreja pode estar a perder a “sintonia com as pessoas que procuram verdadeiramente Deus”. Durante a conferência sobre « As Linhas Emergentes para a Evangelização da Europa Globalizada e Laicizada», que decorreu em Lisboa e contou com a presença do arcebispo de Viena, D. Christoph Schönborn, o Cardeal Patriarca de Lisboa afirmou que a “estrutura canónica com que é enquadrada a nossa direcção pastoral é demasiadamente rígida para deixar a liberdade de resposta à própria procura de Deus”. “A Igreja com respostas demasiadamente rígidas e canónicas às inquietações dos fiéis”, perde a sensibilidade de chegar a essas pessoas”. A iniciativa que juntou dois dos promotores do Congresso Internacional para a Nova Evangelização, visou propor “diálogo aberto com o clero de Lisboa sobre os sinais e desafios da evangelização. “Este encontro é um retomar do diálogo e contacto entre as duas dioceses para não deixar morrer a chama”. Sobre os sinais positivos verificados na acção evangelizadora em Lisboa, o Cardeal Patriarca destaca que “no conjunto de cristãos da cidade de Lisboa, há mais gente que reza e que frequenta a eucaristia durante a semana”. “Começaram a chegar pedidos e dinamismos na linha da adoração contínua do Santíssimo sacramento. Nós temos de responder a isto”, disse. O cardeal patriarca de Lisboa também ainda que referiu que “já foi feito um levantamento sobre quais as experiências de adoração do Santíssimo Sacramento”. D. José Policarpo destacou também a participação e adesão dos jovens. “Normalmente somos pessimistas em relação aos jovens. Estamos influenciados pelos critérios da quantidade porque entre os nossos jovens de hoje há casos lindíssimos”, acrescentando que este é “um sinal de esperança”. D. Christoph Schönborn referiu que actualmente a fé cristã “encontra-se em minoria, numa Europa que ainda é fortemente marcada pelo cristianismo”, prevendo-se “um futuro com presença católica muito reduzida”. Durante a realização do ICNE “percebemos que a fé é uma minoria, sejamos honestos. Politicamente estamos quase sempre em situação de minoria, ao nível da Europa e a nível nacional. Somos minoritários na juventude e na cultura. Contudo, há um grande interesse na fé cristã”, referiu. Redacção/Lusa

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