D. Carlos Azevedo deixa conselhos ao Estado laico

O secretário e porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa adverte para o facto de o secularismo militante não poder ser a base do Estado. A mensagem de D. Carlos Azevedo foi deixada no encerramento de um ciclo de conferências organizado pela SEDES, em conjunto com a Universidade Católica Portuguesa, sobre o tema «Futuro Previsível – Futuro Desejável. O Papel das Religiões para o Mundo do séc. XXI». A última sessão contou com a presença e D. Carlos Azevedo, Bispo Auxiliar de Lisboa, Mário Soares, Francisco Pinto Balsemão, de Ângelo Correia e Vítor Bento. D. Carlos Azevedo explicou o lugar de um Estado laico na sociedade, lembrando que “Estado laico não significa arreligioso ou anti-religioso”. “O velho laicismo é inadequado no futuro para compreender o contributo positivo da religião na sociedade. O secularismo militante não pode ser a base do Estado, sob pena de, não reconhecendo a pluralidade, fazer de presumida laicidade, o fundamentalismo, igual ao que pretende combater”, referiu. “Para as religiões a laicidade aberta é uma garantia contra as pretensões laicistas de um fundamentalismo aninhado em Democracias liberais e é também uma protecção contra a utilização instrumental da Fé como religião civil, a uso exclusivo do poder dominante”, idisse ainda. Mário Soares, por seu lado, sublinhou a importância do diálogo entre as religiões. “A liberdade religiosa é um direito – e não só um direito é qualquer coisa de essencial – e está consagrada na Declaração Universal dos Direitos do Homem. Em Portugal existe uma boa lei de liberdade religiosa e é preciso que essa lei seja cumprida porque isso é a condição da nossa paz social”, referiu o actual presidente da Comissão da Liberdade Religiosa. (Com Rádio Renascença)

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