D. António Couto: «Retirar crucifixo dos espaços públicos é um acto de falta de cultura»

O Bispo auxiliar de Braga D. António Couto exaltou os participantes na missa campal em frente à capela de Nossa Senhora do Viso, em Caçarilhe, Celorico de Basto, a importância do crucifixo enquanto «imagem e lição de amor divino», e defendeu a manutenção deste símbolo nos espaços públicos, nomeadamente em hospitais e escolas, argumentando que «retirá-lo corresponderia a um acto de estupidez e falta de cultura». Recorrendo às palavras de S. Paulo, que definia a Cruz como sendo «Cristo posto por escrito diante de nós», D. António Couto apelou aos milhares de fiéis que se dirigiram em peregrinação à Senhora do Viso, para que soubessem interpretar o verdadeiro significado deste símbolo religioso. «Assistimos actualmente a uma sociedade neo-paganizada, que olha para a Cruz, mas não entende o que significa e associa o crucifixo a algo fúnebre, ao sofrimento por sofrimento, quando deveria encontrar o reflexo do amor puro e desinteressado e da dádiva da vida por amor», salientou o Bispo auxiliar de Braga. Segundo D. António Couto, «sendo a Cruz, o texto de Deus escrito perante nós, temos de o saber ler com os olhos do coração e também da inteligência, preservando o seu verdadeiro sentido». O Bispo auxiliar apontou que o crucifixo serve também de alerta para que cada um de nós veja nele os ódios e raivas de uma sociedade capaz de assassinar, causar dor e sofrimento. «Só depois de reconhecido o mal, podemos esperar que Deus olhe para nós e nos mostre o imenso amor que nos dedica», argumentou, sublinhando a importância de «deixar a Cruz entrar nos corações, dando-nos a capacidade de dar a vida por amor». Redacção/Lusa

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