Foi constituído também um grupo de trabalho que, juntamente com o Ministério da Saúde, irá reflectir sobre a questão da legislação das capelanias hospitalares Para começar a trabalhar em conjunto com o Ministério da Saúde sobre a questão da legislação das capelanias hospitalares foi constituído, hoje (12 de Janeiro), um grupo de trabalho – Pe. José Nuno, coordenador nacional; Pe. José Maria Coelho, da diocese de Beja; Pe. Fernando Sampaio, diocese de Lisboa e o Pe. João Gonçalves, diocese de Aveiro -, no encontro da Equipa Coordenadora Nacional das Capelanias Hospitalares e no Encontro dos Coordenadores Diocesanos de Capelães Hospitalares, realizado em Fátima. Em declarações à Agência ECCLESIA, o Pe. José Nuno, coordenador nacional dos capelães hospitalares, realçou que este grupo “irá iniciar os trabalhos conducentes a uma nova regulamentação das capelanias hospitalares em Portugal”. E acrescenta: “já enunciámos as insuficiências da actual legislação e o próprio Plano Nacional de Saúde assume essas insuficiências”. Nas reuniões, o grupo espera conseguir “iniciar um trabalho produtivo que nos conduza assumir um modelo de serviço religioso mais de acordo com as circunstâncias actuais” – disse o Pe. José Nuno. E adianta: “há coisas óbvias, como seja a possibilidade de leigos poderem ser contratados como assistentes hospitalares e a necessária regulamentação da assistência religiosa das outras religiões e confissões”. Olhando para os níveis capitação, o Pe. José Nuno esclarece que “é insustentável a ideia de um capelão ou assistente espiritual por cada 400 camas. O nível dos outros países europeus andam por metade (cerca de 200 camas)”. Nas duas reuniões, os participantes decidiram avançar, juntamente com a Universidade Católica Portuguesa, para a criação de um “curso específico de formação para capelães e assistentes espirituais hospitalares”. Datas ainda não existem mas “vamos tentar que seja no próximo ano lectivo”. Será um curso a realizar em módulos temáticos que terá, em princípio, dois anos. “Um curso de pós-graduação para licenciados” – declarou. E afirma: “é minha convicção que para ser capelão hospitalar é necessário ser padre mas não é suficiente. É necessário formação específica”. Em relação a actividades futuras, o Pe. José Nuno contou que realizar-se-á um curso para novos capelães hospitalares visto que foram nomeados novos capelães nas dioceses (2 a 4 de Maio, em Fátima) e marcou-se uma Assembleia Nacional de Capelães e Assistentes Espirituais Hospitalares, para 19 de Outubro. O grupo continua a trabalhar no projecto de elaboração dos estatutos para a constituição da Associação Nacional de Capelães e Assistentes Hospitalares.
