Cultura: Academia Portuguesa de História premiou obras sobre Igreja Católica

«História da Diocese de Viseu» e «Clavis Bibliothecarum» foram distinguidas em sessão solene

Lisboa, 08 dez  2016 (Ecclesia) – A Academia Portuguesa de História entregou esta quarta-feira o ‘Prémio Lusitania’ à obra ‘História da Diocese de Viseu’ e uma menção honrosa à obra ‘Clavis Bibliothecarum: Catálogos e Inventários de livrarias de instituições religiosas em Portugal até 1834’.

À Agência ECCLESIA, o coordenador da obra ‘História da Diocese de Viseu’ considerou a atribuição do ‘Prémio Lusitania’ como um reconhecimento externo do “trabalho sério, rigoroso e profundo” realizado e também um reconhecimento dos “méritos inovadores” da publicação.

“Tem uma proposta analítica de abordagem da história da diocese que é profundamente inovadora não existe em Portugal, nem na Europa, nenhum modelo aproximativo da história de uma diocese com as perspetivas que nós temos”, disse José Pedro Paiva.

O diretor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra explica que uma das características desse modelo foi a “análise evolutiva e comparativa”, numa perspetiva holística”, do que foi a presença do cristianismo num território, com um olhar “constante” desde o período medieval à contemporaneidade.

A ‘História da Diocese de Viseu’ apresenta um período de cerca de 1500 anos de presença do cristianismo naquele território e foi publicada em três volumes.

A obra, editada pela Diocese de Viseu e pela Imprensa da Universidade de Coimbra, envolveu um trabalho de equipa de pessoas especializadas em “diversas cronologias”, como “historiadores, arqueólogos, historiadores de arte”.

“Perceber comparações, evoluções, permanências, tendências e por outro lado ser capaz de pesquisa inovadora em espólios documentais, muito ricos mas profundamente fragmentados”, foi um desafio, acrescentou ainda o coordenador do trabalho realizado ao longo de seis anos.

A edição 2016 dos prémios da Academia Portuguesa de História atribuiu também uma menção honrosa à obra ‘Clavis Bibliothecarum: Catálogos e Inventários de livrarias de instituições religiosas em Portugal até 1834’, de Luana Giurgevich e Henrique Leitão, editada pelo Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja.

“É o reconhecimento da existência de um continente bibliográfico pouco explorado, quase desconhecido, e extremamente importante para a compreensão da cultura e história portuguesa”, disse Luana Giurgevich, sobre a distinção ao projeto realizado ao longo de seis anos.

A sessão extraordinária de encerramento do Ano Académico da Academia Portuguesa de História e entrega dos prémios contou com a presença do  presidente da República Portuguesa.

“Felicito os premiados pelas obras. Prémios que se reforça pelo conjunto dos estudos tão ricos nos tópicos abordados”, assinalou Marcelo Rebelo de Sousa.

Com promessa de regressar em 2017 com a comunicação ‘Reflexão acerca da história dos poderes presidenciais em Portugal’, o presidente da República Portuguesa manifestou a sua “satisfação” pelo facto de os galardões estarem abertos a cientistas lusófonos ou estrangeiros, “porque a história não se faz com fronteiras nacionais”.

CB/OC

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