CTT assinalam 800 anos da Ordem Franciscana

Autoridades civis e religiosas juntaram-se ao Ministro Geral da Ordem na evocação da vida e obra dos Frades Menores A comemoração dos 800 anos da Ordem dos Frades Menores contou esta manhã, com a emissão de um selo comemorativo. Os Correios de Portugal associam-se a esta ocasião dando continuidade à “política filatélica que marca o viver colectivo”, explica à Agência ECCLESIA Pedro Coelho, vice presidente dos CTT. Em 1982, os CTT associaram-se também ao aniversário do nascimento da Ordem dos Frades Menores. Explica o vice-presidente que esta efeméride “não é exclusiva da Igreja ou do catolicismo, mas é de todos e do mundo. Esta herança espiritual transcende inspiração social e humanista”. A emissão do selo e bloco filatélico que, evocam plasticamente o espírito e o ideal da Ordem Franciscana, foi considerada pelo Ministro geral dos Franciscanos, Frei José Rodriguez Carballo, presente em Portugal para a celebração dos 800 anos, uma iniciativa evangelizadora. “São 400 mil selos que se convertem em 400 mil mensagens que se espalham pelo mundo não só por Portugal”. A Ordem Franciscana está presente em 114 países dos cinco continentes. Mais de 600 mil irmãos e irmãs partilham os valores de São Francisco de Assis, valores de solidariedade e fraternidade. “São Francisco não é moderno”, considerou o Ministro geral, “mas é muito actual. Os valores que viveu nem sempre são os valores da nossa sociedade, mas são os valores que a sociedade precisa”, indicou. Numa altura de crise económica mundial, “apenas com os valores de Francisco se poderá sair da crise”. Também o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, assinalou o valores da solidariedade como “cada vez mais actuais. Sempre que julgamos ter virado uma página a história recorda-nos que há valores a alimentar e conservar, porque são aqueles que são eternos e em todas as situações e momentos devem inspirar o ser humano. Na conjectura actual, fazem ainda mais sentido”. Após a cerimónia de e missão filatélica, foi inaugurado o «Memorial da Fraternidade», situado no Parque do Seminário, na Casa da Fraternidade Franciscana, na Luz, em Lisboa. O Ministro Provincial apontou que esse será um lugar de encontro, de comunhão e também de memória. “Os nossos irmãos não são apenas os que vivem, mas os que já viveram”. O memorial tem inscritos os nomes dos irmãos que residiram na província. Após a benção do memorial, feito pelo Arquitecto Sousa Araújo, que pretendeu evocar o “momento da levitação”, os presentes na inauguração lançaram sírios que ficaram a boiar na água. O Ministro geral, o guardião da casa e o presidente da autarquia depositaram ainda uma coroa de flores no local. Foi ainda inaugurado o «Painel do Envio», situado no exterior do Externato da Luz. Presente em toda a cerimónia esteve D. António Montes, Bispo de Bragança – Miranda e franciscano. À Agência ECCLESIA o Bispo assume que “o serviço da Igreja está muito de acordo com o serviço fransciscano”. D. António Montes apontou que o mundo precisa de obras de solidariedade. “A solidariedade é uma redundância da caridade cristã, que assume vários níveis. Há solidariedade distinta da religiosa, mas a que tem uma base religiosa é mais ampla e profunda, para além de mais universal”. Num momento de crise “este é um apelo maior, para viver uma vida mais moderada, mais comedida”. “Não é possível viver na abundância nem acima das possibilidades. Para que haja partilha tem de haver moderação de vida. Assim sentimo-nos mais fraternos uns em relação aos outros”. Um apelo também dirigido aos francoiscanos. “Qualquer que seja a função que se desempenhe, que estejamos sempre ao serviço da população e da humanidade”. Notícias relacionadas • Fraternidade e solidariedade para ultrapassar a crise

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