«Cristo Rei» não quer ser miradouro

Reitor do Santuário publica Mensagem, lembrando princípios que estiveram na origem da obra, a celebrar 50 anos O Reitor do Santuário de Cristo Rei (Almada), Pe. Sezinando Alberto, lamentou que o monumento tenha passado a ser entendido “como uma memória histórica pertencente ao passado, vista por muitos como um excelente miradouro sobre a cidade de Lisboa”. Numa mensagem alusiva às celebrações dos 50 anos do Santuário, este responsável indica que este facto trai “a memória de quem se esforçou para dar corpo ao projecto, bem como os princípios espirituais nos quais este assentava”. Na origem da obra, escreve, esteve a intenção de “agradecer o dom da paz e demonstrar ao mundo a fé da nação portuguesa”. “A 17 de Maio de 1959 inaugurou-se o Monumento a Cristo Rei. Foi o termo de um projecto que durou 21 anos, mobilizando os católicos de aquém e além-mar. Devido à grandeza das Celebrações, a imprensa da época afirmava que era uma das maiores festas portuguesas à glorificação de Nosso Senhor Jesus Cristo”, assinala a mensagem. O Pe. Sezinando Alberto refere que “nos últimos anos temos dado alguns passos neste sentido, pequenos, mas suficientes para afirmarmos aos nossos visitantes que Cristo Rei não é um miradouro mas um Santuário, que para além de ser uma resposta da fidelidade de Portugal ao Céu, é sinal de que Deus a todos quer chegar com o Seu abraço e a todos quer amar com o Seu Coração”. “É comovente ver os milhares de pessoas que nos visitam e que não saem deste local sem deixar a sua prece na caixa das intenções, um gesto simples, às vezes até pouco esclarecido, mas demonstra bem que Cristo Rei é lugar de devoção”, confessa. Em Janeiro deste ano, a Conferência Episcopal publicou uma nota sobre este aniversário, destacando que “perante a cruenta guerra civil na vizinha Espanha e o crescimento do desprezo por Deus, o monumento era acto de desagravo, mas sobretudo expressava gratidão a Cristo por Portugal gozar de paz e incentivava a exigência de um ressurgimento nacional inspirado, na linha da tradição, em Jesus Cristo, único Senhor”. Só após o fim da Guerra, em Maio de 1945, se anunciou, na Pastoral colectiva de 18 de Janeiro de 1946, a decisão de cumprir o voto de levantar o Monumento a Cristo Redentor. As obras terminariam apenas em 1959, graças à generosidade e empenho dos católicos. Notícias relacionadas • Nota Pastoral por ocasião dos 50 anos do Monumento a Cristo Rei

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