Cristianismo não é religião europeia, diz Bento XVI

Bento XVI manifestou-se hoje contra os que apresentam o Cristianismo como “uma religião europeia que foi depois exportada” para outras culturas. O Papa lembrou que as raízes cristãs estão em Jerusalém e se expandiram, depois, para “o Ocidente e o Oriente”. Esta diversidade permitiu o desenvolvimento de “expressões culturais próprias” que mostram como o Cristianismo é “uma realidade mais complexa” do que a europeia. “A expansão do Cristianismo nos primeiros séculos dirigiu-se igualmente para o Ocidente, o mundo greco-latino que depois criou a cultura europeia, e ao mesmo tempo dirigiu-se para o Oriente, até à Pérsia, até à Índia, e aqui formou-se um cristianismo com uma cultura diferente, em línguas semitas, com uma expressão e identidade cultural própria”, referiu o Papa aos peregrinos reunidos na sala Paulo VI, do Vaticano, para audiência geral desta semana. A catequese desta manhã foi, simbolicamente, dedicada à figura de Efrém (c. 306-373), padre e doutor da Igreja sírio do século IV, autor de orações em que “o carácter litúrgico exalta em toda a sua beleza a verdade divina”.

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