Cristãos vivem dias difíceis na Somália

A violência na Somália está a aumentar e o Governo interino pediu à comunidade internacional apoio para combater as forças islamistas que controlam cada vez mais províncias. A situação deteriora-se também para os cristãos, que são alvo de ataques e assassinatos. Apesar do apoio do exército etíope, as forças governamentais perderam já várias províncias para a União dos Tribunais Islâmicos (UTI, milícia islamita). O Presidente sofreu recentemente um atentado, à saída do parlamento em Baidoa, que causou a morte do seu irmão e de vários dos seus conselheiros. Perseguidos pelos muçulmanos, os cristãos vivem na clandestinidade. Caso sejam identificados correm o risco de serem assassinados, como aconteceu recentemente com um jovem crente em Mogadíscio, que foi morto por um elemento da UTI por se ter recusado juntar-se à multidão que entoava versos do Corão durante um eclipse lunar. Com o Executivo fragilizado e a violência a aumentar no país, dezenas de milhar de somalis procuram refúgio no Quénia. Mas a influência da UTI também se faz sentir no país vizinho. Segundo relataram fontes locais à organização cristã Christian Solidarity Worldwide, existem “vários representantes dos tribunais islâmicos em Nairobi” e os ataques aos refugiados cristãos têm-se repetido no Quénia: raptos de crianças, ameaças de morte, agressões físicas e sequestros de cristãos evangélicos. Os cristãos somalis recusam-se a ir para os campos de refugiados das Nações Unidas, que consideram ser mais inseguros que as ruas dos bairros pobres de Nairobi onde vivem, porque os funcionários destes campos são maioritariamente muçulmanos. De forma a alertar as Nações Unidas para a situação dos refugiados cristãos somalis no Quénia, a organização fez um apelo internacional pedindo que sejam enviadas cartas ao Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres, expressando esta preocupação. Departamento de Informação – Fundação Ajuda à Igreja que Sofre

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