Cristãos/Muçulmanos: Cardeal incentiva diálogo inter-religioso na defesa do ambiente

«Não basta propor meras soluções técnicas», alerta presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz

Cidade do Vaticano, 19 ago 2015 (Ecclesia) – O presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz enviou uma mensagem ao Simpósio Islâmico, reunido em Istambul, na Turquia, para incentivar católicos e muçulmanos a trabalhar juntos pela salvaguarda da criação.

“A humanidade encontra-se diante de numerosos desafios urgentes que requerem orações e ações concretas. A atual crise ecológica é a mais grave e a mais difícil de todas”, escreveu D. Peter Turkson, na mensagem que cita a Encíclica ‘Laudato Si’ do Papa Francisco.

O cardeal ganês frisou que se vive um “momento decisivo e particularmente turbulento da história mundial”.

O presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz (Santa Sé) assinalou que “à luz da fé”, os fiéis das duas religiões, devem “empenhar-se” no cuidado da “casa comum” que é o planeta Terra e alertou que “não basta propor meras soluções técnicas, impotentes para resolver os graves problemas do mundo, se a humanidade perde a sua rota”.

Neste contexto, o prelado observou que uma “grande motivação” que une cristãos, muçulmanos e muitos outros é a “fé firme em Deus” que impele a “assumir o cuidado” pelos dons que Deus concedeu”.

“A nossa ação será certamente mais eficaz se nós, fiéis de diferentes comunidades religiosas, encontrarmos o modo de trabalharmos juntos, em espírito de solidariedade”, desenvolveu.

Na mensagem, o presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz destacou a “promessa da Igreja Católica” de rezar pelo bom êxito do encontro e votos de uma “futura colaboração” com o Islão na salvaguarda da Criação.

No Simpósio que terminou esta terça-feira foi apresentada a “Declaração islâmica sobre as mudanças climáticas”, exortando os cerca de 1600 milhões de muçulmanos no mundo ao cuidado com a criação.

Na declaração diversos apelos às corporações, às finanças e ao setor empresarial como a “assegurarem” as consequências das suas atividades com fins lucrativos assumindo um “papel visivelmente mais ativo na redução da pegada de carbono” e outras formas de impacto sobre o ambiente natural; A diminuírem o impacto ambiental das suas atividades, comprometendo-se a energias renováveis 100% e/ou a uma estratégia de zero emissões o mais cedo possível”.

RV/CB

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