Dezenas de famílias cristãs iraquianas deixaram o Iraque nos últimos dias, em direcção à Jordânia, após os atentados contra igrejas em Bagdad e Mossul, a 1 de Agosto. Segundo o jornal jordano, “Al Hayat”, antes dos ataques, o número de famílias cristãs que atravessava a fronteira não ultrapassava as doze por dia. Após os atentados esse número aumentou consideravelmente. Os cristãos iraquianos começaram a marchar em direcção à Jordânia no início deste ano. O diário jordano recorda que apenas mil e quinhentos dos 400 mil cidadãos iraquianos residentes na Jordânia professam a fé cristã. No Iraque os cristãos constituem 3% da população estimada em 23 milhões de habitantes, na sua maioria fiéis da Igreja Católica Caldeia e da Igreja Ortodoxa Síria. Ainda ontem, o Bispo Auxiliar de Bagdad, D. Andraos Abouna, informou a Fundação “Ajuda à Igreja que Sofre” (AIS) que o Patriarca Caldeu de Bagdad, Emmanuel III Dely, recebeu cartas anónimas ameaçando-o de morte e acusando a Igreja de colaborar com a coligação internacional liderada pelos Estados Unidos. Uma semana após os atentados contra 8 igrejas cristãs no Iraque notou-se uma diminuição de 30% nos fieis que assistiram à missa do passado Domingo.