Cristãos assassinados no Sudão

Bispo pede ajuda internacional perante aumento da violência, que inclui crucifixões

O Bispo sudanês Edward Hiiboro Kussala lançou um pedido de ajuda à comunidade internacional face ao aumento da violência contra os cristãos no país, que chegou mesmo à prática de crucifixões.

Em declarações à secção britânica da organização católica Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), D. Kussala, Bispo de Tombura-Yambio, revelou que um grupo do Exército de Resistência do Senhor (LRA, sigla em inglês) entrou numa igreja e profanou o edifício antes de sequestrar 17 pessoas, a maioria deles adolescentes e jovens.

Pouco depois, um dos sequestrados foi encontrado morto, atado a uma árvore e mutilado. Uma semana depois deste atentado, seis pessoas foram objecto de uma cilada e cravadas com pedaços de madeira à terra.

Em sinal de protesto contra a inércia do governo, cerca de vinte mil cristãos caminharam descalços durante de três quilómetros, no sul do Sudão. A oração-protesto de três dias foi convocada por D. Kussala. Entretanto, chegaram informações de que outras doze pessoas foram sequestradas.

“O Governo não se preocupa com o problema. Continuavam a assegurar que tinham o assunto sob controlo, mas agora vemos a realidade”, acusa o Bispo, que fala num “enorme choque”.

Algumas pessoas continuam desaparecidas e o prelado acusa o governo de nada fazer para resolver a situação.

“Ninguém vem em nosso auxílio, por isso pede aos responsáveis da comunidade internacional que façam alguma coisa”, conclui D. Edward Hiiboro Kussala.

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