Bento XVI manifesta solidariedade aos empregados da Fiat italiana e pede acção das autoridades políticas e civis Bento XVI defendeu este Domingo que, no actual cenário de crise, a prioridade deve ir para “os trabalhadores e suas famílias”, com uma referência particular para a situação da Fiat italiana. Falando aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro, para a recitação do Angelus, o Papa apelou a um “forte compromisso comum” para fazer face às dificuldades do momento, tendo em mente a presença de operários da fábrica de Pomigliano d’Arco, que vieram até ao Vaticano manifestar a sua preocupação com o futuro da fábrica e de milhares de pessoas que dela dependem, directa ou indirectamente. Bento XVI recordou também “outras situações igualmente difíceis”, na Itália e noutros locais, manifestando “proximidade às famílias atingidas pelo problema”. “Desejo exprimir o meu encorajamento às autoridades, políticas e civis, bem como aos empresários, para que com o concurso de todos se possa fazer frente a este momento delicado”, indicou. A Fiat, a maior fabricante de automóveis de Itália, tem de pagar cerca de 4,8 mil milhões de euros de dívida, este ano. Na passada Quinta-feira, num encontro com o clero de Roma, o Papa adiantara que a sua próxima encíclica abordará questões relacionadas com o sistema económico e financeiro, defendendo a necessidade de “denunciar” erros fundamentais que vieram ao de cima com a queda de grandes bancos dos EUA, em especial “a avareza humana”. Quaresma Na sua catequese, o Papa assinalou a celebração do I Domingo da Quaresma, recordando o valor da oração e do jejum, e falou em particular da figura dos anjos, presentes na passagem do Evangelho que hoje foi lida nas igrejas de todo o mundo. Segundo Bento XVI, ignorar a presença destes “seres enviados por Deus” seria eliminar uma “parte notável do Evangelho”. Os anjos, defendeu, “anunciam a presença de Deus entre nó e são um sinal seu”. O Papa pediu orações por si e por todos os seus colaboradores da Cúria Romana, que este Domingo iniciam uma semana de exercícios espirituais, no Vaticano. FOTO: Lusa