Crise: Medidas devem ser reponderadas

O padre Lino Maia reconhece que Portugal está «na via do empobrecimento geral», situação que traz «graves problemas às instituições, às pessoas e a todo o país».

Porto, 12 set 2012 (Ecclesia) – O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) está convencido que algumas medidas divulgadas pelo ministro das Finanças serão “reponderadas” até à elaboração do Orçamento de Estado para 2013.

O padre Lino Maia reconhece que Portugal está “na via do empobrecimento geral”, situação que traz “graves problemas às instituições, às pessoas e a todo o país”, disse à Agência ECCLESIA.

Com o anúncio – tanto do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, como do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, – de mais medidas de austeridade, o presidente da CNIS revela que as instituições particulares de solidariedade social (IPSS) precisavam de “mais serviços”, mas a sua capacidade de resposta é diminuta ou “quase nula”.

O interlocutor teme o encerramento de algumas IPSS embora reconheça que estas façam “enormes esforços”, mas teme “algum colapso”.

O impacto das medidas anunciadas “é dramático” porque “gera mais pobreza” e “muitas famílias vão deixar de poder pagar os serviços que as IPSS ministram”, lamenta o padre Lino Maia.

O responsável da CNIS não contava com este “agravamento da austeridade” e teme “alguma convulsão social”.

Apesar do povo estar “um bocado acomodado à miséria e à pobreza”, o padre Lino Maia considera que “a situação é perigosa” visto que a sociedade portuguesa “foi dando sinais evidentes de querer colaborar com a solução, mas agora depara-se com esta realidade” e acrescenta: “O povo quando vê um objetivo colabora”.

Com uma visão pessimista do futuro, o presidente da CNIS sublinha que, “lamentavelmente, falar de esperança neste momento é tentar favorecer o adormecimento do povo”.

LFS

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